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Joint Mobile Group recebe o prêmio Martin Ennnals de direitos humanos

8 out 2013 - 17h11
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A organização russa Joint Mobile Group foi agraciada hoje em Genebra com o prêmio Martin Ennals de Direitos Humanos pelo trabalho em divulgar casos de abusos na Chechênia, como desaparecimentos, tortura e execuções extrajudiciais, e buscar uma solução legal para eles.

A organização, criada por Igor Kalypin, concorria com o advogado haitiano Mario Joseph e com a egípcia Mona Seif.

Para Kalypin, é um prêmio "muito importante" porque dará a sua associação "uma proteção suplementar" durante o trabalho, baseado em publicar informações de violações de direitos humanos para tentar levar estes casos para os tribunais.

"Desenvolvemos um novo método baseado na rotação de nosso voluntariado, já que a ausência de um líder visível dificulta a repressão das autoridades russas", explicou hoje à imprensa, em referência às sérias ameaças que os ativistas da organização enfrentam.

O presidente do júri, Hans Thoolen, explicou que as dez organizações que o compõem escolheram a JMG por "sua coragem e valor, pelos riscos assumidos e pela estratégia inovadora", na defesa dos direitos humanos.

A organização recebeu 25 mil francos suíços como prêmio, e 11,500 francos para um projeto de desenvolvimento. Os outros dois finalistas receberão 5 mil francos cada um.

Mario Joseph é um renomado advogado do Haiti e defensor dos direitos humanos que trabalhou em importantes casos como o do ditador Jean-Claude "Bay Doc" Duvalier (1971-1986), acusado de crimes contra a humanidade, prevaricação e desvio de fundos públicos.

Joseph declarou que vai usar o prêmio para identificar os responsáveis pelo surto de cólera que assolou Haiti em 2010, "para que as vítimas possam encontrar justiça".

A outra finalista, Mona Seif, é a fundadora da organização "Não aos julgamentos militares para civis", que trabalha pela implantação de um sistema judiciário com garantias no Egito.

EFE   
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