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Japão mobiliza tropas, aviões e navios em assistência pós-tsunami

O exército japonês deixou em prontidão ou mobilizou milhares de soldados, 300 aviões e 40 navios para atuarem nos trabalhos de assistência às vítimas do terremoto e do tsunami que se seguiu ao sismo, nesta sexta-feira, e pediu a ajuda dos Estados Unidos, q

11 mar 2011 - 14h02
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TÓQUIO, 12 Mar 2011 (AFP) -O exército japonês deixou em prontidão ou mobilizou milhares de soldados, 300 aviões e 40 navios para atuarem nos trabalhos de assistência às vítimas do terremoto e do tsunami que se seguiu ao sismo, nesta sexta-feira, e pediu a ajuda dos Estados Unidos, que tem 50 mil soldados baseados no país.

Oito mil soldados das Forças de Autodefesas (nome dado ao exército do país para destacar seu caráter não-ofensivo) foram postos de prontidão ou mobilizados a Miyagi e outras áreas do nordeste do país, duramente atingidas pelo forte terremoto e o tsunami que engoliu e destruiu localidades inteiras.

Uma esquadra de 20 destróieres da Marinha e outras embarcações se dirigiam para a região da ilha de Honshu, na devastada costa do Pacífico, enquanto 25 jatos da Força Aérea faziam voos de reconhecimento sobre a área da catástrofe.

Segundo a agência de notícias Kyodo, helicópteros do exército resgataram centenas de pessoas presas em uma escola de ensino fundamental de Watari, no município de Miyagi, e outras aeronaves levaram outras 10 pessoas para áreas seguras perto de Rikuzentakata, no município de Iwate.

As forças de polícia de Tóquio e Osaka, a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres e o ministério da Saúde também destacaram rapidamente equipes médicas e de resgate.

Em discurso transmitido pela televisão, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, usando traje dos serviços de emergência, disse ter "estabelecido imediatamente um quartel-general de crise para responder ao desastre, comigo no comando".

"O governo fará todo esforço possível para assegurar a segurança do público e manter os danos na menor extensão possível", afirmou, depois do terremoto de magnitude 8,9, registrado no mar e que deu origem a um tsunami.

"Eu peço que o público se mantenha completamente vigilante e acompanhe os informes de TV e rádio, e peço a todos que ajam calmamente", acrescentou.

O Japão informou ter recebido ofertas de ajuda de Austrália, Taiwan, Coreia do Sul, China, México, Tailândia, Nova Zelândia, Israel, Cingapura, Indonésia, Azerbaijão, Índia, Rússia, Turquia, Alemanha, França, Bélgica, Ucrânia, Eslováquia, Emirados Árabes Unidos, Suíça, Hungria, Polônia e Jordânia.

O ministro das Relações Exteriores Takeaki Matsumoto disse que o número de ofertas está "aumentando a cada minuto", segundo informações de um porta-voz por e-mail.

Matsumoto, que assumiu o cargo esta semana, pediu ao embaixador americano John Roos o apoio das forças americanas estacionadas no país para auxiliar nos trabalhos de socorro.

Os Estados Unidos, que ocuparam o Japão depois da Segunda Guerra Mundial e é o principal aliado de segurança do país, têm quase 50 mil tropas estacionadas ali.

Muitas bases americanas estão situadas na ilha de Okinawa, no extremo sul do arquipélago, enquanto a sétima frota norte-americana, da qual faz parte um porta-aviões, está situada em um porto no sul de Tóquio.

O presidente americano, Barack Obama, disse que "os Estados Unidos estão prontos para ajudar o povo japonês neste momento de grande provação. A amizade e a aliança entre nossas duas nações é inabalável".

"Como americanos, hoje os nossos corações estão com o povo japonês. Como eu disse ao ministro das Relações Exteriores, os Estados Unidos e nossas forças aqui no Japão estão prontas a ajudar", disse o embaixador Roos.

bur-fz/mvv

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