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Holanda diz que voo da Malaysia foi abatido por míssil russo

13 out 2015 - 06h20
(atualizado às 09h57)
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Em 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malasia Airlines explodiu no ar, deixando 298 vítimas
Em 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malasia Airlines explodiu no ar, deixando 298 vítimas
Foto: BBC Brasil / Reprodução

O Conselho de Segurança da Holanda, que analisa as causas da queda do avião de Malaysia Airlines no leste da Ucrânia em 2014 com 289 pessoas a bordo, informou nesta terça-feira que concluiu que a aeronave foi derrubada por um míssil Buk de fabricação russa.

"O voo MH17 caiu como resultado de uma detonação de um míssil fora do aparelho na parte esquerda da cabine de comando", afirmou em entrevista coletiva o presidente do Conselho de Segurança da Holanda, Tjibbe Joustra.

Joustra detalhou que o míssil foi um Buk, de fabricação russa, concretamente do tipo 9N314M, disparado de uma área de 320 quilômetros na zona leste da Ucrânia, controlada por rebeldes russos.

"Como resultado da detonação, a parte de dianteira do avião foi destroçada e o avião se partiu no ar", acrescentou, ressaltando que o impacto do míssil provocou nesse momento a morte de três tripulantes.

O Conselho de Segurança descartou outras hipóteses como problemas técnicos do aparelho, uma bomba ou um míssil ar-ar.

Além disso, informou que os destroços do avião caíram em uma área de 15 quilômetros na zona leste da Ucrânia.

A análise do Conselho de Segurança da Holanda se limita a assinalar as causas que provocaram a queda do avião, mas não entra em questões de "culpabilidade" ou "responsabilidade" dos fatos, aspectos dos quais se ocupa a investigação penal do acidente, que se desenvolve em paralelo e cuja conclusão se espera para o final desse ano ou o início de 2016.

O relatório também analisa por que o avião sobrevoou áreas em conflito, por que as autoridades holandesas demoraram entre dois e quatro dias para confirmar aos familiares que vítimas estavam a bordo do Boeing e até que ponto os passageiros do MH17 foram conscientes do incidente.

O consórcio russo de defesa antiaérea Almaz-Antei, fabricante dos mísseis Buk, afirmou hoje que o míssil que derrubou o Boeing malaio foi lançado de uma cidade controlada pelas forças ucranianas.

"Podemos dizer sem dúvida nenhuma que, se o Boeing foi derrubado com um sistema antiaéreo Buk, recebeu o impacto de um míssil 9M38 lançado da cidade de Zaroschenkoye, controlada pelas forças ucranianas", comentou um funcionário da Almaz-Antei, Mikhail Malishevski.

O diretor-geral do consórcio, Yann Novikov, por sua parte, assegurou que "os resultados de um experimento desmentem totalmente a informação sobre o tipo de míssil (que derrubou o avião) e sobre o lugar de onde foi lançado".

EFE   
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