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Mundo

Incêndio atinge aeroporto do Quênia, crucial para leste da África

7 ago 2013 - 19h55
(atualizado às 20h44)
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Um incêndio que atingiu o principal aeroporto do Quênia, nesta quarta-feira, levou à suspensão de voos internacionais e sufocou um portão vital de rotas no leste da África.

O chefe da polícia antiterror do país não via uma ligação com terrorismo, mesmo que tenha coincidido com o 15º aniversário de um ataque duplo por militantes islâmicos contra a Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, a capital comercial da vizinha Tanzânia.

Autoridades disseram que começarão na quinta-feira a preparar o terminal doméstico, que escapou do incêndio, para também operar voos internacionais, usando tendas para criar espaço extra. Os voos domésticos foram retomados na noite desta quarta-feira e os voos de carga para o exterior deveriam ser retomados mais tarde.

O incêndio atingiu os prédios do terminal e provocou um clarão no céu logo de manhã, enviando uma coluna de fumaça preta, que era visível a quilômetros de distância.

O calor intenso dificultou o trabalho dos bombeiros que lutaram durante cinco horas para apagar o fogo, o pior já registrado no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta, o mais movimentado do leste africano.

O chefe da unidade antiterror da polícia, Boniface Mwaniki, disse que o incêndio não tinha nenhuma ligação com "terrorismo".

"Não queremos especular, mas, nesta fase, não acho que haja qualquer ligação (com terrorismo)", disse ele à Reuters. "Mesmo que lembremos o 15º aniversário dos atentados, não acho que seja terrorismo."

No entanto, autoridades reforçaram a segurança no aeroporto e nas principais instalações da maior economia da África Oriental.

Analistas de segurança afirmaram que não havia indicação de qualquer ligação com os militantes islâmicos que soldados quenianos combatem na vizinha Somália como parte de uma força da União Africana.

"Não tem características de uma operação da Al Shabaab, mas nunca se sabe", disse um analista de segurança regional, falando sob condição de anonimato.

Não houve relatos imediatos de vítimas do incêndio, que começou na área de desembarque e imigração.

Milhares de passageiros ficaram retidos no aeroporto devido ao incêndio, que também afetou exportadores de produtos perecíveis, principalmente flores, que temiam o impacto em seus negócios dependentes da exportação, a principal fonte de divisas do Quênia, junto às vendas de chá e ao turismo.

Viajantes de negócios e turistas foram desviados para outros aeroportos, principalmente para a cidade portuária de Mombasa.

(Reportagem adicional de Kevin Mwanza, Duncan Miriri e Richard Lough, em Nairóbi; de Joseph Akwiri, em Mombasa; de John Tompo, em Narok; de Jenny Clover, em Kigali; e de Elias Biryabarema, em Kampala)

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