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Mundo

Hariri: Bin Laden é "mancha negra" na história do Islã

2 mai 2011 - 11h48
(atualizado às 13h46)
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O primeiro-ministro libanês em exercício Saad Hariri chamou nesta segunda-feira Osama bin Laden de "mancha negra" na história do Islã por ter colocado a religião em "situações hostis" com as outras culturas e crenças.

Norte-americanos comemoram nas ruas morte de Bin Laden:

"Os estragos causados à imagem do Islã e às causas árabes não são menores que os causados pelos inimigos dos muçulmanos e dos árabes em todo o mundo", reagiu Hariri ao anúncio da morte do líder da Al-Qaeda em um comunicado.

"A história do Islã e de nosso nacionalismo nunca perdoará esse homem que era uma mancha negra há duas décadas, enchendo a cabeça dos jovens de ideias de terrorismo, morte e destruição", acrescentou.

O dirigente libanês sunita afirmou que Bin Laden "não tinha apenas prejudicado os Estados Unidos e o Ocidente, mas também espalhado a dor e a divisão no mundo muçulmano e no mundo árabe".

Os líderes internacionais saudaram a morte de Bin Laden, mas alertaram para o fato de que sua morte não significa o fim da guerra contra o terrorismo e que a rede extremista ainda pode atacar.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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