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Oriente Médio

Hamas critica nova versão de plano de paz de países árabes

3 mai 2013 - 13h19
(atualizado às 13h22)
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O líder do grupo islamista Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, rejeitou nesta sexta-feira uma iniciativa modificada de plano de paz para o Oriente Médio apresentada pela Liga Árabe, dizendo que pessoas de fora não poderiam decidir o destino dos palestinos.

Em uma reunião esta semana em Washington, nações árabes pareceram ter moderado seu plano de paz de 2002, reconhecendo que israelenses e palestinos poderão ter de trocar territórios em qualquer eventual acordo de paz.

Os líderes dos EUA e dos palestinos na Cisjordânia elogiaram a iniciativa. Mas ao falar para centenas de fiéis numa mesquita em Gaza, Haniyeh disse que essa era uma concessão que outros árabes não estão autorizados a fazer.

"A chamada nova iniciativa árabe é rejeitada pelo nosso povo, pela nossa nação e ninguém pode aceitá-la", afirmou Haniyeh, primeiro-ministro do governo do Hamas na Faixa de Gaza, um enclave costeiro.

"A iniciativa contém numerosos perigos para nosso povo na terra ocupada em 1967 e em 1948, e para nosso povo no exílio."

Ele se referia à partilha da Palestina então sob mandato britânico, em 1948, quando as Nações Unidas votaram pela divisão do território em um Estado judaico e outro árabe, e também à guerra de 1967, ano em que Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza.

O Hamas se recusa a reconhecer o direito de existência de Israel e reivindica todo o território entre o Mediterrâneo e o Rio Jordão como sendo legitimamente palestino. O grupo nunca aceitou o plano árabe, apresentado pela primeira vez em 2002.

O primeiro-ministro do Catar anunciou na segunda-feira a versão modificada.

Os comentários de Haniyeh representam um raro momento de discordância pública entre o Hamas e um de seus principais patrocinadores.

O Catar, Estado rico do Golfo, prometeu 400 milhões de dólares para custear projetos habitacionais na Faixa de Gaza, território em que o Hamas assumiu o controle em 2007, ao desalojar do poder a facção rival Fatah, após uma breve guerra civil.

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