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Hadi pede que ofensiva árabe no Iêmen continue até que houthis se rendam

28 mar 2015 - 10h18
(atualizado às 10h18)
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O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, pediu neste sábado que continue a operação militar árabe em seu país até que os rebeldes houthis "se rendam", e acusou o Irã de apoiar o grupo xiita.

Hadi disse que a ofensiva da coalizão, liderada pela Arábia Saudita, deve prosseguir até que os houthis "saiam das províncias e instituições que ocuparam e devolvam as armas, médias e pesadas, que saquearam dos quartéis militares".

Durante seu discurso na cúpula da Liga Árabe realizada no Egito, Hadi afirmou que os rebeldes xiitas "conspiram com o Irã contra a unidade do Iêmen" e provocam "discórdias sectárias e regionais".

O líder iemenita considerou que as operações militares em seu país são "a aplicação prática" do projeto de resolução, que deve ser aprovado na cúpula para formar uma força militar árabe conjunta.

Hadi acusou os rebeldes houthis de recusarem um pedido dirigido às forças políticas iemenitas para se reunir em Riad no último dia 21 para estabelecer um roteiro para aplicar os acordos anteriores assinados na transição política no país.

Segundo ele, o grupo rebelde tem "uma dependência do poder" e que seus aliados internos e estrangeiros querem "utilizar o Iêmen para perturbar a região e a segurança internacional".

Além disso, pediu aos iemenitas para que apoiem a "legitimidade constitucional, resistam às milícias (houthis) com coragem e saiam às ruas e às praças para expressarem sua vontade livremente".

Hadi disse que foi "a vontade dos iemenitas" a que o incentivou a pedir uma intervenção militar urgente em seu país para proteger o povo "da agressão destrutiva dos houthis contra a identidade árabe do Iêmen e seus valores islâmicos".

Além da intervenção militar, Hadi pediu um verdadeiro "Plano Marshall" árabe para apoiar economicamente o país e voltar a reconstruir o Estado.

Em discurso, os chefes de Estado da Arábia Saudita, Egito e Kuwait pediram para que sejam realizados esforços conjuntos e medidas ágeis contra as ameaças regionais, que segundo sua opinião são o terrorismo e a ingerência iraniana em alguns países árabes, como o Iêmen.

EFE   
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