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Hackers de 'Anonymous' defendem WikiLeaks

Os organizadores de "Anonymous", o grupo de "hacktivistas" que estão por trás dos ciberataques contra a Mastercard.com e outros sites, prometeram nesta quarta-feira estender sua campanha a qualquer um que tenha "uma agenda anti-WikiLeaks".

8 dez 2010 - 21h46
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WASHINGTON, 8 dez 2010 (AFP) -Os organizadores de "Anonymous", o grupo de "hacktivistas" que estão por trás dos ciberataques contra a Mastercard.com e outros sites, prometeram nesta quarta-feira estender sua campanha a qualquer um que tenha "uma agenda anti-WikiLeaks".

Em um chat com a AFP, os organizadores do "Anonymous" disseram que milhares de voluntários participam da defesa do WikiLeaks e de seu fundador, Julian Assange, a quem descreveram como um "mártir da liberdade de expressão".

"Começamos como uns poucos usuários (menos de 50)", disseram. "Agora somos cerca de 4 mil".

Os hackers de "Anonymous" fizeram seu primeiro ataque DDoS (por Distributed Denial of Service, em inglês) no sábado, derrubando o blog do serviço de pagamentos on-line PayPal por pelo menos oito horas.

Desde então, atacaram sites de outras companhias que romperam seu vínculo com o WikiLeaks, como Mastercard e Postfinance, a filial de serviços financeiros dos Correios suíços, anunciando suas medidas no Twitter (@Anon_Operation) ou através de seu site, Anonops.net, que, por sua vez, foi alvo de ciberataques.

Os organizadores do "Anonymous" não quiseram identificar futuros objetivos, mas disseram que a Mastercard era alvo de ataques nesta quarta-feira por cortar os meios de financiamento do WikiLeaks e que "qualquer um que tenha uma agenda anti-WikiLeaks está na meta dos ataques".

"Recrutamos através da internet, isso significa, em todas as partes: fóruns, Facebook, Twitter...", disseram os organizadores do Anonymous, acrescentando que os membros chegam "de todo o mundo".

Piratas da informática intensificaram nesta quarta-feira sua campanha contra as tentativas de silenciar Julian Assange e seu portal WikiLeaks, que, alheio aos ataques, continuou publicando as comprometedoras correspondências diplomáticas americanas.

O australiano, de 39 anos, passou seu primeiro dia na prisão londrina de Wandsworth, após o juiz responsável pelo processo de extradição solicitada pelas autoridades da Suécia negar na terça-feira sua liberdade sob fiança.

cl/jm/ma/LR

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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