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Grupo terrorista assume autoria de atentados que deixaram 20 mortos no Níger

23 mai 2013 - 11h58
(atualizado às 12h16)
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O grupo terrorista Monoteísmo e Jihad na África Ocidental (MYAO) reivindicou nesta quinta-feira o duplo atentado suicida perpetrado em Arlit e Agadez, no Níger, que deixou pelo menos 20 mortos e 30 feridos.

O ministro da Defesa do Níger, Mamadou Karidjo, informou que 20 militares e três assaltantes morreram no atentado suicida contra o quartel militar da cidade de Agadez, a 950 quilômetros ao nordeste de Niamey, e que outros dois atacantes morreram e 14 civis ficaram feridos em Arlit, ao norte de Agadez.

"O balanço (dos ataques), infelizmente, é duro", disse o ministro em comunicado divulgado pela rádio nacional.

"Em Agadez, foram registrados 20 mortos e 16 feridos entre as fileiras do Exército nigerino e três mortos por parte dos assaltantes. Em Arlit, há 14 civis feridos e dois mortos entre as fileiras dos atacantes", disse Karidjo antes de ressaltar que a situação está sob controle.

As forças de segurança tinham informado sobre um terceiro ataque na cidade Tchirozerine, mas esta informação foi desmentida com posterioridade.

O ministro explicou que nos dois ataques os assaltantes viajavam para bordo de carros 4x4 de marca Toyota "carregados de explosivos e com a firme disposição de cometer os atentados".

Karidjo acrescentou que os terroristas puderam ser contidos pelas Forças Armadas que "apesar das baixas sofridas, neutralizaram os assaltantes, alguns dos quais acionaram bombas".

O ataque em Arlit, situada a 240 quilômetros ao norte de Agadez, teve como alvo a sede da sociedade mineira Somair, filial da francesa Areva.

Perante a magnitude da tragédia e a gravidade dos fatos, o Governo de Níger decretou três dias de luto nacional a partir de hoje em todo o território nacional e o presidente da República, Mahamadu Issoufou, convocou um Conselho Nacional de segurança antes de presidir um Conselho de Ministros extraordinário cujas conclusões ainda não foram divulgadas.

Segundo o ministro, as forças de segurança lançaram uma operação para tentar deter o resto dos agressores.

Esta é a primeira vez que o MYAO, nascido entre Argélia e Mali, atenta no Níger, país fronteiriço com estes dois país.

EFE   
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