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Governo do Sudão culpa facção rebelde pela morte de 7 "boinas azuis"

14 jul 2013 - 18h28
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O governo sudanês acusou uma facção rebelde do Movimento de Libertação do Sudão (MLS) de matar sete "boinas azuis" e ferir outros 17, em atentado perpetrado na região de Darfur.

O Ministério de Relações Exteriores do país africano condenou o ataque e garantiu que o grupo, liderado por Meni Arkau Minawi é o responsável pelos assassinatos de soldados da missão conjunta da ONU e União Africana (UNAMID).

"Essa agressão é uma tentativa desesperada de fazer abortar o nobre trabalho realizao pela UNAMID e destruir o processo de paz em Darfur", divulgou a pasta, através de comunicado.

O governo do Sudão ainda aponta que o MLS e seus aliados da coalizão insurgente Frente Revolucionária Sudanesa (FRS) são as principais ameaças para a paz na região. Por isso, o ministério pede "medidas para acabar com os ataques dos grupos criminosos e punir os culpados".

Já o presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma emitiu comunicado condenando o "ataque sem sentido e não provocado de criminosos não identificados" contra a UNAMID. Ontem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também já havia expressado sua indignação pelo atentado.

Ontem, em emboscada a um comboio da UNAMID em Khor Abéché, sete agentes morreram e outros 17 ficaram feridos. As vítimas eram naturais da Tanzânia.

Este é o terceiro atentado grave cometido contra as forças da ONU em Darfur, desde a chegada na região, em 2008.

O conflito em Darfur começou em 2003, quando os grupos insurgentes pegaram em armas contra o regime de Cartum em protesto pela pobreza e marginalização sofrida pelos habitantes dessa região.

Desde então, mais de 300 mil pessoas morreram e 2,7 milhões foram obrigadas a deixarem seus lares por conta dos enfrentamentos entre os grupos rebeldes e as forças governamentais, segundo informações das Nações Unidas.

EFE   
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