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Mundo

Governo do Mali e tuaregues chegam a acordo de cessar-fogo "em princípio"

11 jun 2013 - 22h04
(atualizado às 22h09)
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Uma delegação do governo do Mali e rebeldes separatistas tuaregues chegaram a um acordo "em princípio" que permitiria que eleições planejadas para julho fossem realizadas na disputada região de Kidal, no norte do país, disse um mediador sênior.

As negociações em Ouagadougou, a capital do vizinho Burkina Faso, começaram no sábado, depois que o Exército do Mali iniciou na semana passada seu avanço em direção a Kidal, último reduto dos rebeldes MNLA no remoto nordeste, no primeiro combate direto em meses.

Em janeiro, a França lançou uma campanha militar maciça que desmantelou o controle dos combatentes islâmicos ligados à Al Qaeda no norte do Mali, que representa dois terços do território nacional. No entanto, a ação permitiu que os tuaregues recuperassem o controle de sua tradicional área.

O governo do Mali já deixou claro que quer uma administração civil e que o Exército possa voltar a Kidal antes das eleições marcadas para 28 de julho e ameaçou tomar a área se nenhum acordo fosse alcançado até segunda-feira.

"No ponto relativo à mobilização das Forças Armadas do Mali, na região de Kidal, chegamos a um acordo em princípio", disse o chanceler de Burkina Faso, Djibril Bassole, a jornalistas após uma rodada de reuniões.

"Os dois lados pediram algumas horas para informar suas bases ... a fim de serem capazes de voltar amanhã para a aprovação final deste documento", disse ele.

A comunidade tuaregue do Mali tem por décadas exigido uma maior autonomia política e mais gastos com desenvolvimento para a região empobrecida, que eles chamam de Azawad.

O MNLA lançou sua revolta no início do ano passado e logo se aliou a combatentes islâmicos que se aproveitaram de um golpe de Estado na capital em março de 2012 para tomar o deserto no norte do país. Mais tarde foram marginalizados por grupos islâmicos mais bem armados.

(Reportagem de Mathieu Bonkoungou)

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