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Honduras encerra eleições com abstenção de 35%, diz TSE

29 nov 2009 - 21h30
(atualizado em 30/11/2009 às 00h02)
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As contestadas eleições gerais em Honduras - realizadas sob o regime de fato que governa o país há cinco meses - foram encerradas às 17h locais 21h no horário de Brasília, uma hora depois do previsto, com uma abstenção de 35%, segundo afirmou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE). As informações são da Ansa.

Policiais derrubam apoiador do presidente de Manuel Zelaya, durante manifestação contra as eleições, em San Pedro Sula
Policiais derrubam apoiador do presidente de Manuel Zelaya, durante manifestação contra as eleições, em San Pedro Sula
Foto: AFP

Alejandro Martínez, secretário-geral do TSE, disse à Rádio América que o órgão eleitoral estima que 35% dos eleitores não compareceram às urnas, uma abstenção "menor do que os 45% registrados em 2005".

Por sua vez, o presidente deposto, Manuel Zelaya, que acompanhou o pleito da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa - onde se encontra desde o dia 21 de setembro -, afirmou que a abstenção chegaria a 50%.

O boicote às eleições era a esperança de Zelaya para o não reconhecimento do pleito, realizado hoje em todo o país, sob o regime de Roberto Micheletti.

Micheletti, por sua vez, ao emitir seu voto na manhã de hoje, fez um chamado para que os hondurenhos comparecessem às urnas.

De acordo com o programa inicial, as urnas seriam fechadas às 16h locais. Contudo, segundo afirmou o magistrado David Matamoros, o TSE decidiu ampliar o horário de votação devido as "filas enormes em todo o país". Matamoros afirmou também que, devido à essa suposta "alta afluência", a tinta utilizada para marcar os dedos dos eleitores, a fim de evitar fraudes, "acabou".

Outro representante do TSE, Enrique Ortez, disse ainda que a imprensa "não pode emitir nenhuma informação" sobre o resultado das eleições antes das 19h locais 22h de Brasília, incluindo pesquisas de boca-de-urna. Os veículos que descumprirem tal determinação poderão ser punidos com multas.

Repudiadas por países da região - como Brasil, Venezuela, Argentina, Chile e Nicarágua, as controversas eleições foram levadas adiante pelo regime golpista, instaurado em 28 de junho passado, com a destituição do presidente constitucional.

Com um forte esquema de segurança, o pleito - que elege o presidente, 128 legisladores e 298 prefeitos - ocorreu sem grandes problemas.

Fonte: Redação Terra
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