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Mundo

Cônsul sai da embaixada e é substituído em Honduras

26 set 2009 - 15h48
(atualizado às 16h19)
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O ministro-conselheiro de Negócios do Brasil em Honduras, Francisco Catunda, não está mais no prédio da embaixada brasileira e já foi substituído por um novo representante. Lineu Pupo de Paula, representante brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA), é o novo responsável pelo prédio e por seus ocupantes durante o fim de semana.

infográfico honduras 3
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Foto: Reuters

Catunda saiu no início da tarde deste sábado do prédio da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa após cinco dias em que ficou sitiado depois que o presidente deposto, Manuel Zelaya, abrigou-se no local. Segundo Pupo de Paula, será feito o máximo possível para garantir a tranquilidade no interior do edifício.

Para Catunda, "é um verdadeiro absurdo o que acontece na capital de Honduras". "Impuseram inúmeras dificuldades para a minha saída coma desculpa de que isso é para garantir a segurança da embaixada e do presidente deposto Manuel Zelaya, mas no fundo não é nada disso", afirmou aos jornalistas que estão a cerca de 20 m do prédio e impedidos de entrar pelos militares hondurenhos.

O diplomata brasileiro confirmou que ontem foi lançado dentro embaixada algum tipo de substância que causou mal-estar e irritação nas pessoas,inclusive, em um funcionário brasileiro.

Catunda admitiu que é muito difícil controlar todos os movimentos dos apoiadores de Zelaya que ocupam a embaixada neste momento. Ele assegurou, no entanto, que jamais perdeu o controle, porém, é inevitável que o próprio Manuel Zelaya converse pelo telefone com os políticos e integrantes da resistência ao governo golpista.

Os militares hondurenhos permanecem irredutíveis sobre a entrada dejornalistas brasileiros na embaixada. O comando militar alega que sóautorizaria a movimentação da imprensa do Brasil, caso houvesse um pedido formal do Ministério de Relações Exteriores. No entanto, por determinação do ministro Celso Amorim, não há comunicação em qualquer hipótese com o governo golpista.

Centenas de manifestantes se reuniram em frente à embaixada pedindoo fim do cerco militar e a restituição de Zelaya ao poder. O presidente interino, Roberto Michelleti, no entanto, já descartou ontem em entrevista à imprensa brasileira qualquer negociação que determine o retorno do presidente deposto ao poder ou mesmo o fim do cerco à Embaixada do Brasil.

Agência Brasil Agência Brasil
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