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Mundo

Saiba mais sobre a crise política em Honduras

22 set 2009 - 12h44
(atualizado às 13h10)
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O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltou ao país ontem após quase três meses do golpe militar que o tirou do poder, em 28 de junho, e se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Ele pediu apoio à população para evitar ser preso pelo governo de Roberto Michelletti, que o acusa de corrupção.

Zelaya voltou a Honduras para tentar retomar o poder
Zelaya voltou a Honduras para tentar retomar o poder
Foto: AFP

A origem da crise está na tentativa de Zelaya em estabelecer uma consulta popular sobre a reeleição no próximo pleito do país, que será realizado no dia 29 de novembro. Na oportunidade serão eleitos o presidente, congressistas e lideranças municipais. O objetivo do presidente deposto é mudar a Constituição para ter a oportunidade de permanecer no cargo.

O ato de Zelaya foi o estopim para o golpe. O líder foi obrigado a deixar o país rumo à Costa Rica e foi substituído pelo presidente do Congresso, Roberto Michelletti, que teve apoio de setores conservadores. O ato foi imediatamente condenado pelas Nações Unidas (ONU) e pela comunidade internacional, liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconheceu o governo de Michelletti e muitos fundos de ajuda econômica ao país, um dos mais pobres do mundo, foram suspensos. Enquanto nas ruas os apoiadores de Zelaya entravam em confronto com as forças policiais, o presidente deposto buscava apoio internacional para voltar ao país.

No entanto, as negociações lideradas pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, fracassaram, e Zelaya seguiu exilado. Em sua última tentativa de entrar no país, pela fronteira da Nicarágua, no dia 24 de julho, o líder deposto foi barrado pelo exército de Michelletti. O atual governo confirmou as eleições do dia 29, mas não aceita que Zelaya concorra.

Fonte: Redação Terra
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