PUBLICIDADE

Mundo

França confirma que peça de asa achada no Indíco é de voo desaparecido

3 set 2015 - 13h26
(atualizado às 13h37)
Compartilhar
Exibir comentários

Promotores francesas dizem ter certeza de que a peça da asa de avião encontrada na ilha Reunião, no oceano Índico, em julho, é do voo MH370, da Malaysia Airlines.

Peça foi encontrada em julho em ilha do oceano Índico
Peça foi encontrada em julho em ilha do oceano Índico
Foto: Reuters

A peça - um flaperon, que ajuda a aeronave a subir - foi examinada na França por especialistas em aviação.

Autoridades do país realizaram buscas por mais destroços na ilha e no seu entorno após o flaperon ter sido achado.

A aeronave da Malaysia Airlines levava 239 passageiros entre Kuala Lumpur e Pequim, em março de 2014, quando mudou de rota e desapareceu - um acidente que até hoje não foi plenamente esclarecido.

A confirmação de que a peça era desta aeronave pode permitir que se avance nas investigações do caso.

Evidências

Para o professor brasileiro Moacyr Duarte, coordenador do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, a confirmação reforça evidências anteriores sobre o destino do voo.

Isso por causa das correntes marítimas que circulam no oceano Índico: uma delas chega à ilha Reunião depois de passar pela costa oeste da Austrália - e uma hipótese considerava a possibilidade de o avião ter caído justamente ali.

"O fato de a peça ter sido achada na ilha Reunião confirma que o voo deve ter realmente caído no oeste da Austrália", disse Duarte à BBC Brasil no início de agosto, quando o governo da Malásia já afirmava ser "muito provável" que o flaperon fosse do MH370.

No entanto, Richard Westcott, analista da BBC para o setor de transportes, disse na época considerar improvável que pequenas partes como um pedaço de asa revelem muito mais sobre o que ocorreu a bordo.

Greg Waldron, da empresa de notícias e análises em aviação Flightglobal, lembra que o fundamental para desvendar o mistério é a caixa-preta, que não foi localizada. "Uma peça apenas não irá resolver", afirmou à BBC Mundo.

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade