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FAO pede ao G20 mais esforços na luta contra a fome

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ROMA, 19 Jun 2012 (AFP) -As três agências da ONU especializadas em temas de alimentação com sede em Roma pediram nesta terça-feira aos líderes do G20, reunidos no México, que redobrem os esforços na luta contra a fome, em uma declaração conjunta divulgada na capital italiana.

No comunicado, assinado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), as três agências recordam que quase 900 milhões de mulheres e homens estão desnutridos e que a maioria está na África e Ásia.

"Diante desta dramática realidade, expressamos o desejo de que os líderes do G20 redobrem os esforços para combater a fome", afirmam as organizações no documento, dividido em 17 pontos.

"O crescimento da produtividade, particularmente na agricultura em pequena escala, é um componente fundamental de sistemas alimentares mais resistentes e sustentáveis", afirmam as agências especializadas das Nações Unidas.

"Pedimos que a segurança alimentar e nutricional continue ocupando um lugar destacado no programa do G20 nos próximos anos", destaca o texto.

"Sabemos que a insegurança alimentar pode ter repercussões negativas a longo prazo nas perspectivas de crescimento de sociedades inteiras", advertem.

Na declaração, as agências das Nações Unidas reconhecem que é "importante reduzir as perdas e o desperdício de alimentos", que atualmente alcançam 1,3 bilhão de toneladas, ou seja, "mais de um terço dos alimentos que produzimos".

"Com isso, também se reduz a pressão sobre os recursos naturais, como a terra, a água e a diversidade biológica", afirmam.

As agências reconhecem que existem várias iniciativas patrocinadas pelo G20 como, por exemplo, o Sistema de Informação sobre o Mercado Agrícola, o Fórum de Resposta Rápida e a Plataforma de Agricultura Tropical.

Também destaca que "em todo o mundo, as mulheres estimulam a mudança" e convidam a comunidade internacional "a investir nas mulheres".

"O poder, a educação e a igualdade das mulheres são fundamentais para realçar a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico", afirma o texto.

As agências de Roma manifestam também o "desejo" de que o G20 preste apoio para que os distintos países adotem "as diretrizes voluntárias sobre a governança responsável da posse da terra" recentemente aprovadas pelo Comitê de Segurança Alimentar Mundial após uma série de negociações entre os governos, a sociedade civil e o setor privado.

kv/fp/dm

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