'Exploradores urbanos' capturam beleza de locais abandonados
22 set2010 - 04h58
(atualizado às 09h38)
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A exploração urbana, ou urbex, é o hobby de visitar locais abandonados, como fábricas, túneis, catacumbas, linhas de trem e metrô, teatros, cinemas ou cidades.
Alguns desses exploradores resolveram unir a adrenalina de se aventurar por esses lugares à arte da fotografia. O resultados são imagens impressionantes, que mostram que também há beleza na desordem e na decadência.
Para chegar aos lugares mais interessantes, os exploradores, muitas vezes, tem que desrespeitar algumas regras, a não ser uma: "não tirar nada que não sejam fotografias e não deixar nada além de pegadas".
A prática da exploração urbana pode ser considerada arriscada. "Urbex também significa entrar sem autorização em propriedades alheias e há riscos inerentes, como a presença de seguranças, cachorros, sensores de movimento, prisões...", diz o fotógrafo Scott Haefner.
"Outros riscos estão relacionadas à estrutura dos edifícios, à exposição a produtos químicos ou outras substâncias."
Chernobyl
Quando se fala de exploração urbana, uma referência quase inevitável para alguns é a cidade de Chernobyl, na Ucrânia, abandonada depois de um acidente nuclear em 1986.
Trata-se de uma cidade inteira em ruínas à disposição dos aventureiros. Um cenário congelado no tempo à disposição dos fotógrafos.
"É o lugar mais emocionante. Caminhar pelas mesmas ruas e ver tudo como era quando ocorreu o incidente. É difícil imaginar a emoção que se pode sentir", disse Dave Baker, fundador do site Talk Urbex.
O engenheiro suíço Timm Suess estive lá e registrou belas imagens de escolas e parques de diversões. "Preparei a viagem a Chernobyl durante anos. É o lugar aonde todos querem ir quando se fala em exploração urbana."
Imagem é resultado da exploração urbana ou urbex, o hobby de visitar locais abandonados
Foto: Daniel Cheong / Divulgação
A situação caótica de alguns lugares os torna especialmente perigosos, mas isso não desanima os viciados em urbex
Foto: Daniel Cheong / Divulgação
Em "Fim de transmissão", Daniel Cheong usou a TV e a cadeira que estavam no local para mostrar "a realidade de hoje"
Foto: Daniel Cheong / Divulgação
Para ser um explorador urbano, é preciso burlar algumas regras, a não ser uma: "Não tirar nada que não sejam fotografias e não deixar nada além de pegadas"
Foto: Daniel Cheong / Divulgação
Igreja abandonada na Alemanha Oriental onde, segundo Fennema, "dentro, o ambiente era extraordinário, absoluto silêncio estragado apenas pelo canto dos pássaros"
Foto: Sven Fennema / Divulgação
Os sótãos e escadas são temas recorrentes dos fotógrafos da decadência
Foto: Sven Fennema / Divulgação
Os teatros e cinemas abandonados geram belas imagens, como em "O último telão"
Foto: Sven Fennema / Divulgação
Foto, intitulada "Abandona esta vida", foi tirada em um cemitério na Bélgica
Foto: Sven Fennema / Divulgação
Este hospital psiquiátrico abandonado, na Itália, era um lugar deprimente, segundo o fotógrafo. "Muitos foram torturados aqui", diz ele
Foto: Sven Fennema / Divulgação
Em Chernobyl, Suess encontrou esta imagem: uma sala de aulas repleta de máscaras anti-gás
Foto: Timm Suess / Divulgação
Chernobyl é o lugar dos sonhos para os exploradores urbanos. O engenheiro suíço Timm Suess passou dois dias fotografando escolas, hotéis e parques de diversões
Foto: Timm Suess / Divulgação
A cidade ucraniana foi evacuada após o acidente nuclear de 1986 e, em muitos aspectos, parece parada no tempo