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Ex-presidente liberiano Charles Taylor condenado por crimes em Serra Leoa

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LEIDSCHENDAM, 26 Abr 2012 (AFP) -O ex-presidente da Libéria Charles Taylor foi considerado nesta quinta-feira "penalmente responsável" por crimes contra a humanidade durante a guerra em Serra Leoa (1991-2001) e se tornou o primeiro ex-chefe de Estado condenado pela justiça internacional.

"A câmara concluiu que o acusado é penalmente responsável (...) por ter ajudado e fomentado os crimes de guerra", declarou o juiz Richard Lussick durante uma audiência pública do Tribunal Especial para Serra Leoa (TESL). A pena será ditada no dia 30 de maio e Taylor cumprirá a sentença numa prisão britânica.

O juiz enumerou 11 crimes, incluindo estupro, assassinato e atos desumanos.

No entanto, Lussick informou que a pena contra Taylor será pronunciada apenas no dia 30 de maio.

Usando um terno azul escuro, camisa branca e gravata vermelha, Taylor, 64 anos, permaneceu toda a sessão sentado atrás de sua equipe de defesa e fez inúmeras anotações em um caderno.

Enquanto isso, em Londres, um porta-voz da chancelaria do Reino Unido disse à AFP que Taylor deverá cumprir sentença numa prisão britânica.

"A categoria do estabelecimento penitenciário onde será detido dependerá da severidade da pena", afirmou o porta-voz.

O antigo presidente da Libéria (1997-2003) criou e colocou em andamento uma campanha de terror a fim de controlar Serra Leona e poder explorar seus diamantes, durante uma guerra civil que deixou 120.000 mortos entre 1991 e 2001.

O TESL já havia condenado em Freetown oito pessoas por crimes cometidos em Serra Leoa a penas entre 15 e 52 anos.

O antigo presidente liberiano, que se declarou inocente, enfrentava no total oito acusações: crimes contra a Humanidade e crimes de guerra, incluindo assassinato, violências sexuais e pilhagem, cometidos entre novembre de 1996 e janeiro de 2002.

ndy/mlm/ahg.zm/cn/fp

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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