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Mundo

Evo Morales é eleito para o 3° mandato; veja outros casos

Presidente poderá ficar 14 anos na liderança da Bolívia

13 out 2014 - 16h19
(atualizado às 20h57)
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Com cerca de 60% dos votos, o presidente boliviano, Evo Morales, foi reeleito para cumprir seu terceiro mandato consecutivo. A vitória nas urnas permitirá que o líder indígena - eleito pela primeira vez em 2006 - permaneça no poder até 2020. Assim, Morales supera o feito do marechal Andrés de Santa Cruz, um dos fundadores da república, que governou o país no século XIX por nove anos e nove meses.

En la imagen de archivo, el presidente de Bolivia, Evo Morales, habla durante la ceremonia de cierre de su campaña electoral presidencial en El Alto, el 8 de octubre del 2014. Los bolivianos comenzaban a votar el domingo en unas elecciones presidenciales donde se espera la contundente reelección de Morales, impulsado por una bonanza económica que en nueve años de "socialismo originario" abatió la pobreza del país andino a mínimos históricos.
En la imagen de archivo, el presidente de Bolivia, Evo Morales, habla durante la ceremonia de cierre de su campaña electoral presidencial en El Alto, el 8 de octubre del 2014. Los bolivianos comenzaban a votar el domingo en unas elecciones presidenciales donde se espera la contundente reelección de Morales, impulsado por una bonanza económica que en nueve años de "socialismo originario" abatió la pobreza del país andino a mínimos históricos.
Foto: David Mercado (BOLIVIA - Tags: POLITICS ELECTIONS HEADSHOT) - RTR49GI8 / Reuters

Foto: Reuters

A conquista obtida por Morales foi poucas vezes alcançada por líderes de países onde vigoram o presidencialismo e a democracia, como você vê logo abaixo.

Hugo Chávez (Venezuela)

O líder da Revolução Bolivariana Hugo Chávez elegeu-se presidente em 1998. Sob fortes críticas da oposição, mas sob uma grande admiração de grande parte dos venezuelanos, ele repetiu o feito nas duas eleições seguintes, em 2000 e 2006, vindo a deixar o mais alto cargo do país apenas em março de 2013, após a sua morte.

Foto: AFP

Foto: AFP

Durante os 14 anos de mandato, Chávez mostrou ser duro na queda, resistindo até mesmo a um golpe de Estado, promovido em 2002 pela oposição, irada por sequentes derrotas no governo. Ele não sucumbiu ao golpe, pelo contrário. Saiu ainda mais fortalecido dessa experiência. Mediante um referendo, a população foi convocada a opinar sobre sua permanência na presidência, e Chávez não apenas saiu vitorioso da consulta, como também ampliou sua base política de apoio.

Até a sua morte, Chávez foi acusado de perseguir adversários políticos e de tentar instaurar uma ditadura na Venezuela.

Domingo Perón (Argentina)

O aclamado Juan Domingo Perón se estabeleceu na Casa Rosada pela primeira vez em 1946. Sob a sua liderança, de devedora a Argentina se tornou credora e viu os empregos, os salários e o poder de consumo de seus cidadãos crescerem exponencialmente. Além disso, o sufrágio das mulheres e a igualdade de direitos políticos entre os gêneros foram conquistados. Natualmente, Perón foi eleito em 1952 para o seu segundo mandato, com 32% dos votos.

Foto: AP

Foto: AP/ Eduardo Di Baia

A sequência de avanços conquistados na Argentina - entre eles melhorias na eduação e na saúde pública -  foi interrompida em 1955, ano em que Perón foi deposto por um golpe militar. O líder argentino foi obrigado a passar 18 anos no exílio, sem contudo, deixar de exercer influência política no país que por tanto tempo comandou.

Seu retorno à Argentina foi acompanhado de uma eleição e de um terceiro mandato, interrompido prematuramente, em 1º de julho de 1974, por sua morte.

Bashar al-Assad (Síria)

Candidato único pelo Partido Árabe Socialista Baath (único partido do governo) à presidência da Síria, Bashar al-Assad tomou posse em 17 julho de 2000, após um referendo realizado em decorrência da morte de seu pai.

Foto: AP

Foto: AP/ Bassem Tellawi

Tido por organizações internacionais e vários membros da comunidade internacional como um ditador responsável pela dizimação de grande parte de seu povo durante os três anos de guerra civil na Síria, Assad foi reeleito em outro referendo, realizado em maio de 2007, e no qual obteve 97% de aprovação.

Em junho deste ano, em meio a uma Síria completamente assolada pelos conflitos entre forças do governo e rebeldes, ele foi  novamente declarado vitorioso, com 88,7% dos votos, embora esse resultado seja até hoje contestado por opositores e observadores internacionais.

Fonte: Terra
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