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Europol detecta aumento de ataques terroristas na Europa em 2012

25 abr 2013 - 12h22
(atualizado às 12h45)
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O Serviço Europeu de Polícia (Europol) informou nesta quinta-feira que em termos globais houve um aumento dos ataques terroristas na Europa durante 2012, "em contraste com os anos anteriores".

O Europol publicou hoje seu relatório anual sobre a situação e as tendências do terrorismo na União Europeia (UE), no qual afirma que os piores ataques foram as perpetrados por Mohammed Merad na França (sete mortos) e o realizado no aeroporto búlgaro de Burgas, com um balanço de 14 mortos.

Também houve atentados fatais na Bélgica, na França e na Irlanda do Norte, acrescenta o documento.

O balanço do terrorismo na UE em números foi de 219 ataques, 537 detenções, 17 pessoas mortas e 400 indivíduos processados por acusações de terrorismo.

O coordenador antiterrorista da UE, Gilles De Kerchove, disse que a internet continua sendo uma plataforma "chave", especialmente para recrutar jovens europeus.

Kerchove, que participou de um debate sobre a situação do terrorismo na Europa com os eurodeputados da Comissão de Justiça e Interior do Parlamento Europeu (PE), apontou ainda que há tendências que se repetiram nos últimos anos referidas ao número crescente de radicais que agem sozinhos e o vínculo entre os crimes de terrorismo e o tráfico de drogas.

O coordenador defendeu a estratégia antiterrorista europeia e pediu que seja aprovado em breve o registro de dados de passageiros comunitários, o conhecido como PNR, que disse é "um bom instrumento" para lutar contra o problema.

No documento, o Europol também mostrou sua "preocupação" com que os setores mais radicalizados da organização terrorista ETA voltem a atacar no futuro se não conseguirem seus objetivos pela via pacífica.

"Causa preocupação a opção de os setores mais radicais do ETA continuarem com suas atividades terroristas se não conseguirem alcançar suas metas políticas", assinala o documento.

O texto afirma ainda que o "ETA reafirmou que não se dissolverá" e ressalta: "acredita-se que o grupo mantém sua estrutura logística e mantém sua função como organização clandestina".

A entidade lembra que o ETA enviou cinco comunicados ao longo de 2012 e considera que assim "pretendeu deixar clara sua presença na esfera política".

O relatório aponta, além disso, as aspirações do grupo a uma "negociação técnica" com os governos da Espanha e da França em questões como "o desarmamento da organização, a aproximação de presos seguida de sua anistia, um acordo para o retorno dos fugitivos e a saída da polícia nacional do País Basco e Navarra".

O Serviço Europeu de Polícia informa que em 2012, o período em que se concentra o estudo, a banda não cometeu nenhum atentado, e continuaram as detenções em nível espanhol e internacional de membros da ETA.

O órgão também se refere a que desde que anunciou a suspensão definitiva da atividade armada, em 20 de outubro de 2011, "parece ter terminado" a extorsão e a imposição do chamado "imposto revolucionário" aos empresários bascos e navarros.

EFE   
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