Zapatero diz que Somália é uma ameaça ao mundo
O chefe do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou hoje que a "Somália é um risco" e exigiu uma resposta "contundente e preventiva" da comunidade internacional para evitar que o país vire "um caldo de cultivo" para o terrorismo, os sequestros e a pirataria.
Zapatero, cujo país encontra-se à frente da Presidência rotativa da União Europeia (UE), fez essas declarações na condição de convidado de honra da 14ª Cúpula da União Africana (UA).
Durante a abertura do encontro de líderes africanos, o chefe do Governo espanhol condenou "a indignidade" da escravidão sofrida pelo povo da África, "um episódio nefasto da história da humanidade".
Além de ratificar o compromisso da Espanha com a ajuda ao desenvolvimento, Zapatero falou a importância de o mundo apoiar o Governo de transição somali, uma vez que o esforço internacional realizado até o momento foi "insuficiente" para conter os rebeldes do país.
A Somália "sofre" e pode virar, como ocorre com outros lugares do planeta, um terreno fértil para "os piores comportamentos humanos", acrescentou o governante.
Neste contexto, o espanhol garantiu que o compromisso de Madri com a paz, a estabilidade e a luta contra o crime organizado é "firme".
Zapatero também pediu a todos os líderes africanos presentes na cúpula que avancem na liberdade, na paz e na democracia, três valores que exigem a ampliação do pluralismo político e social, o combate à corrupção, o compromisso com os direitos humanos e a erradicação da tortura e da pena de morte.
"É a democracia e a liberdade que fortalecem a estabilidade e a paz", afirmou o chefe do Governo espanhol, que aproveitou a ocasião para parabenizar Togo e Benin por terem se unido aos esforços internacionais para acabar com a pena de morte.