Vaticano: 5 serão julgados por vazamento de documentos
Se condenados, eles podem enfrentar penas que vão de quatro a oito anos de prisão
A justiça do Vaticano julgará cinco pessoas acusadas de vazamento de documentos secretos de caráter financeiro da Santa Sé que foram publicados em dois livros, confirmaram à Efe fontes ligadas ao caso.
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Os acusados são o sacerdote espanhol Lúcio Vallejo Balda, a ex- relações públicas italiana Francesca Chaouqui, os jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi, Emiliano Fittipaldi e Nicola Maio, este último ex-excolaborador da Comissão investigadora dos organismos econômicos e administrativos da Santa Sé (Cosea).
Vallejo Balda está em prisão preventiva no edifício da Gendarmaria vaticana desde 1º de novembro. Chaouqui foi solta e está à disposição da magistratura por ter colaborado com a justiça vaticana.
Os jornalistas Nuzzi e Fittipaldi são os autores dos livros Via Crucis e Avarizia, elaborados com documentos classificados da Santa Sé, e já estavam sendo investigados desde 11 de novembro neste caso de vazamento de informação, que já é chamado de "Vatileaks2".
Maio, por sua vez, é um antigo colaborador da Cosea, da qual também fizeram parte Vallejo Balda e Chaouqui.
A primeira audiência está marcada para a próxima terça-feira (24). Se condenados, eles podem enfrentar penas que vão de quatro a oito anos de prisão.
Após saber da notícia, Nuzzi escreveu uma mensagem no Twitter em que afirmou "orgulhoso de ter escrito uma investigação, orgulhoso de #viacrucis #nomeequivoco #nãoinquisição". "Podem fazer o que quiserem, mas até o fim do mundo haverá jornalistas de darão notícias como #viacrucis", acrescentou.