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Europa

Vaticano: Bento XVI sempre criticou silêncio sobre pedofilia

20 mar 2010 - 14h38
(atualizado às 14h58)
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O papa Bento XVI sempre foi um "guia" contra a "cultura do silêncio" na Igreja Católica de esconder os casos de padres pedófilos e em sua época de prefeito regional da Congregação para a Doutrina da Fé sempre interveio para que eles não fossem protegidos, disse neste sábado Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.

Jornalista lê a carta do Papa Bento XVI sobre o escândalo de pedofilia no clero irlandês, próximo à basílica de São Pedro
Jornalista lê a carta do Papa Bento XVI sobre o escândalo de pedofilia no clero irlandês, próximo à basílica de São Pedro
Foto: AFP

Lombardi afirmou durante a apresentação da carta do papa aos católicos irlandeses pela crise dos casos de pedofilia que quem conhece a história e o trabalho realizado pelo cardeal Joseph Ratzinger sabe que ele "sempre foi testemunho da busca da clareza e da coerência" na luta contra a pedofilia na Igreja. Segundo Lombardi, o papa sempre foi contrário "a qualquer ato de encobrimento ou ocultamento (de abusos sexuais de eclesiásticos a menores)".

Essa contrariedade em ocultar os casos de padres pedófilos se vê na mesma carta enviada aos católicos irlandeses. Na carta, o papa também critica a "preocupação descabida" em manter o bom nome da Igreja e para evitar escândalos, o que levou à impunidade sob o pretexto de preservar a dignidade de cada pessoa. Com suas palavras, Lombardi respondeu assim às críticas feitas a Bento XVI, que acusam Ratzinger de ter escondido inúmeros casos de padres pedófilos nos quase 24 anos em que foi prefeito regional da Congregação para a Doutrina da Fé, durante o papado de João Paulo II.

Em 19 de maio de 2006, um ano após ser eleito papa e após inúmeras investigações, Bento XVI puniu o fundador da poderosa congregação Legionários de Cristo, o mexicano Marcial Maciel, por abusos sexuais durante décadas contra seminaristas e exigiu a ele que renunciasse ao sacerdócio".

Com essa punição, Bento XVI ressaltou a linha de "tolerância zero" adotada para casos desse tipo, como os ocorridos nos Estados Unidos e na Austrália, os quais condenou com contundência durante sua visita a ambos os países.

EFE   
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