UE saúda "o fim de uma era de despotismo" na Líbia
A morte do ex-líder líbio Muammar Kadafi representa "o final de uma era" naquele país, segundo os principais dirigentes da União Europeia (UE), que pediram nesta quinta-feira as novas autoridades uma política de reconciliação.
O fim do ditador "marca o fim de uma era de despotismo e repressão que se estendeu por tempo demais pelo povo líbio", indicaram em uma declaração conjunta os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
"Líbia pode nesta quinta-feira virar uma página em sua história e empreender um novo futuro democrático", afirmaram. Van Rompuy e Barroso pediram ao Conselho Nacional de Transição (CNT) que coordenem "um processo de reconciliação" dirigido a todos os líbios e permitam "uma transição democrática, pacífica e transparente no país".
Muammar Kadafi, o coronel que liderou a Líbia durante 42 anos até ter seu governo posto em xeque a partir das revoltas originadas no país durante a Primavera Árabe, foi morto em um confronto na cidade de Sirte nesta quinta-feira, informou a rede Al Jazeera, citando como fonte um comandante do Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão representante do novo governo líbio.
As informações iniciais indicavam que Kadafi estaria ferido em ambas as pernas e teria sido levado a um hospital "criticamente ferido". Até o momento, todas as informações relacionadas à sua morte advêm de oficiais rebeldes. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que comanda a intervenção internacional da Líbia, afirmou ainda buscar a confirmação da suposta morte. O Departamento de Estados dos Estados Unidos também não confirma a notícia.
Mapa localiza cidade onde Kadafi foi capturado