UE critica Rússia sobre histórico de direitos humanos
A União Europeia criticou neste domingo o histórico recente de preservação dos direitos humanos na Rússia, afirmando que está cada vez mais preocupada sobre uma onda de legislações restritivas e processos contra ativistas.
O bloco de 27 países citou casos de manifestantes presos durante uma manifestação ocorrida na véspera da posse de Vladimir Putin no ano passado que ainda estão aguardando julgamento e uma nova lei que exige que instituições de caridade que recebem recursos do exterior sejam registradas como "agentes estrangeiros".
"Ambos os lados discutiram sobre a situação preocupante da sociedade civil na Federação Russa", disse a UE em um comunicado que foi divulgado após uma reunião com autoridades russas em Bruxelas sobre direitos humanos, na sexta-feira.
Grupos de direitos humanos na Rússia acusam Putin de perseguir dissidentes desde que retornou à presidência. Os grupos afirmam que a estratégia serve para reforçar seu poder.
Em uma viagem a Moscou neste mês, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, evitou duras críticas sobre a situação de liberdades civis na Rússia uma vez que buscava apoio do Kremlin para assegurar uma solução política para o conflito na Síria.
A UE afirmou que vai manter uma observação atenta sobre fatos que afetem organizações não governamentais na Rússia e pediu para o governo assegurar que advogados de defesa possam trabalhar livremente.
O Kremlin nega que esteja promovendo uma campanha contra oposicionistas e afirma que não usa tribunais com fins políticos.