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Mundo

UE aprova definição oficial européia para "nova gripe"

30 abr 2009 - 11h54
(atualizado às 12h10)
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A Comissão Européia (órgão executivo da União Européia) aprovou nesta quinta uma definição oficial européia para a "nova gripe", a fim de esclarecer melhor o diagnóstico da doença do vírus H1N1, que já causou mortes no México e nos Estados Unidos.

Após esta decisão, a Comissão reformará as regras comunitárias relativas à comunicação de dados sobre doenças transmissíveis dentro da União Européia (UE), segundo informou o órgão.

A comissária da Saúde européia, Androulla Vassiliou, disse, em comunicado, que esta definição "é um passo à frente ao estabelecer padrões comuns dentro da UE para o diagnóstico do vírus da nova gripe", conhecida até agora como gripe suína.

Segundo Vassiliou, permitirá uma recopilação "mais eficiente das informações comparativas sobre o novo vírus em nível europeu, porque garantirá que estamos falando todos sobre as mesmas coisas, nos ajudará a desenvolver a tempo respostas coletivas para proteger a saúde dos cidadãos comunitários".

O Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC, em inglês), com sede em Estocolmo, preparou um documento técnico que serviu de base para a qualificação européia da "nova gripe".

Com esta decisão, a Comissão inclui critérios clínicos, epidemiológicos e de laboratório que deverão ser usados em todos os países, assim como três definições de casos: sob investigação, prováveis - aqueles com sintomas ou expostos ao vírus - e confirmados.

Segundo a Comissão, o A/H1N1 contém genes de vírus de porco, aves e humanos, em uma "combinação que nunca tinha sido encontrada no mundo".

Lembra que os pacientes se infectaram com o vírus A/H1N1 da mesma forma como se contrai a gripe sazonal, ou seja, pessoas que estão em contato com doentes que tossem ou espirram.

Segundo o comunicado, esta manhã havia cinco casos confirmados no Reino Unido, três na Alemanha e um na Áustria.

Gripe Suína

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe suína é causada por uma variante do vírus influenza tipo A, que porta a designação H1N1. O órgão aumentou o nível de alerta para cinco (pandemia iminente) em uma escala que vai até seis. O temor é de que nova mutação torne os humanos incapazes de combater a doença, por falta de anticorpos.

A gripe suína teria matado mais de 150 pessoas no México, país mais afetado pelo surto, onde cerca de 2 mil pessoas estariam infectadas. No entanto, autoridades sanitárias do país confirmaram apenas 99 casos e 8 mortes relacionadas ao vírus AH1N1.

Nos EUA, até o momento foram confirmados 91 casos de pessoas com gripe suína; uma morreu. Há duas pessoas com suspeita de contaminação no Brasil, e outras 36 são monitoradas pelo Ministério da Saúde.

EFE   
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