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Ucrânia rejeita investigar acusações de agressão a Tymoshenko

4 mai 2012 - 17h47
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A Ucrânia rejeitou nesta sexta-feira a solicitação da líder da oposição Yulia Tymoshenko para a abertura de um inquérito criminal sobre os espancamentos que ela disse ter sofrido de guardas prisionais. As acusações de Tymoshenko, que está presa, alarmaram os líderes do Ocidente, que a consideram uma prisioneira política.

Tymoshenko está em greve de fome e reclama há meses de fortes dores nas costas, mas recusou ser tratada por médicos ucranianos. Agora, ela concordou em receber tratamento de um médico alemão num hospital ucraniano, afirmou um médico que a viu.

O caso abalou as relações da Ucrânia com a União Europeia semanas antes de o país co-sediar a Eurocopa de futebol, um prestigioso evento que deveria servir de vitrine para o sonho de integração europeia do ex-Estado soviético.

Tymoshenko, de 51 anos, diz ser vítima de uma armação de seu rival, o presidente Viktor Yanukovich. Na semana passada, ela afirmou que foi agredida por guardas prisionais durante uma visita forçada a um hospital. Seus simpatizantes fizeram circular fotografias mostrando ferimentos nos braços e no abdome.

As acusações trouxeram de volta a indignação no Ocidente com a sua condição. Alguns políticos europeus afirmam que o caso reflete um declínio nos padrões democráticos da ex-república soviética desde que Yanukovich subiu ao poder em fevereiro de 2010.

O procurador-geral Viktor Pshonka disse na sexta-feira que seu gabinete não conseguiu verificar as acusações de maus-tratos físicos feitas por Tymoshenko e se recusou a abrir um inquérito criminal.

"Depois de uma investigação, o pedido para abrir um processo criminal foi negado", afirmou ele a jornalistas.

Tymoshenko está presa desde agosto e iniciou uma greve de fome na prisão em 20 de abril em protesto aos maus-tratos. Ela diz que não pode confiar nos médicos ucranianos porque eles trabalham para as autoridades do país.

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