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Europa

Ucrânia: membro armado de grupo nacionalista fere 3 em Kiev

As vítimas são dois combatentes das forças de autodefesa locais e o vice-presidente da administração da cidade de Kiev, Bogdan Dubass

31 mar 2014 - 19h53
(atualizado às 19h55)
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Uma troca de tiros provocada por um integrante do grupo radical nacionalista ucraniano Pravy Sektor deixou três feridos nesta segunda-feira no centro de Kiev e aumentou ainda mais a tensão entre a polícia e esse movimento que esteve na linha de frente da contestação pró-europeia, anunciou o ministro do Interior.

Integrantes do movimento paramilitar se entrincheiraram com o autor dos tiros em um hotel que foi cercado pelas forças de ordem. O atirador se rendeu depois de uma hora, mas as forças de segurança mantiveram um forte esquema de segurança em torno do prédio, perto da Praça da Independência, palco dos protestos que derrubaram o presidente Viktor Yanukovytch, no fim de fevereiro.

"O hotel está cercado pelas unidades do Ministério do Interior. Nenhuma invasão está prevista. No início da manhã, os representantes do Pravy Sektor devem deixar o prédio, desarmados", indicou o ministro do Interior, Arsen Avakov, no Facebook.

Dois combatentes das forças de autodefesa locais e o vice-presidente da administração da cidade de Kiev, Bogdan Dubass, ficaram feridos.

O ministro do Interior explicou que integrantes do Pravy Sektor (Setor Direita) levaram o autor de disparos efetuados para o hotel Dnipro, onde eles têm uma base, antes da chegada da polícia. Um jornalista da AFP viu o local cercado por policiais e por homens das forças de autodefesa da Maidan (movimento de defesa originado das manifestações contra o governo pró-Rússia).

O Pravy Sektor, do qual o líder Dmytro Iaroch é candidato à Presidência, já esteve no meio de uma confusão depois da morte, em 25 de março, de Olexander Muzitchko, chefe do movimento na Ucrânia ocidental, durante um confronto com policiais que tentavam prendê-lo em Rivne. Ele era procurado por pertencer ao crime organizado.

A partir de então, o movimento passou a exigir a renúncia de Avakov.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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