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Europa

Ucrânia autoriza desdobramento de tropas estrangeiras no país

4 jun 2015 - 09h11
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O Parlamento da Ucrânia autorizou nesta quinta-feira o desdobramento em seu território de forças estrangeiras para manter a paz e a segurança segundo um mandato da ONU ou da União Europeia (UE).

A lei impede de participar dessas operações de paz os países envolvidos na "agressão militar contra a Ucrânia", em clara referência à Rússia, à qual Kiev acusa de armar as milícias separatistas do leste do país.

Um total de 240 deputados apoiaram a iniciativa legal do partido governista que detalha que o desdobramento de tropas estrangeiras deve corresponder a um pedido expresso por parte ucraniana.

A Constituição ucraniana proíbe expressamente o desdobramento de tropas e bases militares de outros países, por isso que em cada caso deve ser aprovada uma lei.

Os deputados ucranianos também aprovaram em março uma lei que permite o desdobramento de tropas dos Estados Unidos e da Polônia para manobras militares. Instrutores desses países e do Reino Unido operam no oeste do país.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pretende desdobrar forças de interposição no leste da Ucrânia e na fronteira com a Rússia para a regulação do conflito, ao que se opõem tanto os separatistas como Moscou.

Na quarta-feira, a região de Donetsk vivenciou os combates mais sangrentos entre forças governamentais e milícias pró-russas desde que ambos definiram um cessar-fogo em fevereiro.

Em sua mensagem anual ao parlamento, Poroshenko denunciou nesta quinta-feira que o país segue ameaçado por "uma guerra" por parte da Rússia, que "mantém mais de 9.000 soldados em território ucraniano".

"Continua uma ameaça colossal de que sejam retomadas as ações militares por parte dos grupos terroristas russos. Esses 14 batalhões táticos russos, integrados por mais de 9.000 soldados, permanecem no território ucraniano", declarou.

De acordo com Poroshenko, a Rússia continua fornecendo aos separatistas "armamento de ultima geração", além de munição, combustível e alimentos.

"Devido à ameaça constante de a Rússia iniciar uma guerra contra a Ucrânia em 2016, aumentaremos de novo a verba orçamentária de defesa", disse.

EFE   
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