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Europa

Terrorista de Paris diz ter sido financiado pela Al Qaeda

Sequestrador foi morto durante invasão à fábrica onde mantinha um refém. O autor do sequestro em um mercado judaico também teria feito sua ligação para dizer suas últimas palavras

9 jan 2015 - 16h41
(atualizado às 17h16)
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Charif Kouachi e Said Kouachi, responsáveis pela morte de 12 pessoas durante ataque à revista satírica Charlie Hebdo
Charif Kouachi e Said Kouachi, responsáveis pela morte de 12 pessoas durante ataque à revista satírica Charlie Hebdo
Foto: Polícia de Paris / AP

Um dos terroristas que cometeram o atentado contra o semanário Charlie Hebdo, Chérif Kouachi, disse nesta sexta-feira à emissora de televisão BFMTV, antes de morrer em uma operação da polícia, ter sido enviado e financiado pela Al Qaeda na Península Arábica, braço do grupo no Iêmen.

Além disso, a mesma emissora afirmou que o homem que fez reféns em um mercado judeu de Paris, Amedy Coulibaly, afirmou, também em uma ligação, antes de morrer alvejado pela polícia, que "obedecia ao califa do Estado Islâmico", Abu Bakr al-Baghdadi.

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

Polícia mata irmãos suspeitos de ataque a ‘Charlie Hebdo’:

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly mataram três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

EFE   
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