PUBLICIDADE

Europa

Suspeitos da morte de soldado em Londres comparecem à Justiça

3 jun 2013 - 15h52
(atualizado às 16h34)
Compartilhar
Exibir comentários

Michael Adebolajo e Michael Adebolawe, os dois acusados da morte de um soldado no dia 22 de maio em Londres, compareceram nesta segunda-feira, separadamente, a dois tribunais da capital britânica.

<p><strong>23 de maio - </strong>Jovens com machetes teriam protagonizado ataque</p>
23 de maio - Jovens com machetes teriam protagonizado ataque
Foto: Reprodução

No mesmo momento, o primeiro-ministro britânico David Cameron, presidiu um novo grupo de trabalho de combate aos extremistas. Neste contexto, ele alertou para o risco das tentativas de grupos de extrema-direita de demonizar o Islã.

Diante do tribunal de Westminster, com o braço esquerdo engessado e levando na mão um Alcorão, que beijou várias vezes, Adebolajo, 28 anos, se apresentou pela primeira vez a um juiz que lhe comunicou as acusações que pesam contra ele.

O jovem britânico de origem nigeriana convertido ao Islã, vestido com camisa e calça brancas, interrompeu em várias ocasiões a breve audiência, na qual pediu para ser chamado de Mujahedin Abu Ham.

Quando pediram para que ficasse de pé, perguntou: "Posso perguntar por quê?", e quando explicaram que era o habitual, respondeu: "Quero me sentar". No fim, pediu ao juiz permissão para "aliviar a dor" e depois beijou o Alcorão erguendo o braço ferido.

Adebolajo foi acusado no sábado, um dia depois de deixar o hospital, do homicídio do soldado Lee Rigby, de tentativa de homicídio de dois agentes da polícia e de posse de arma de fogo.

O outro suspeito, Michel Adebowale, de 22 anos, que recebeu alta na terça-feira e foi acusado de homicídio e posse de arma de fogo, assistiu por videoconferência a uma audiência de rotina no Tribunal Penal Central, ao qual deverá retornar no dia 28 de junho.

Os dois muçulmanos foram feridos pela polícia durante sua detenção no local do crime. Eles foram filmados e fotografados no local do assassinato por testemunhas.

Lee Rigby, 25 anos, foi brutalmente assassinado a facadas na rua em plena luz do dia 22 de maio quando retornava ao Quartel da Artilharia Real de Woolwich (sudeste de Londres), depois de ter passado a manhã trabalhando na Torre de Londres.

No início desta tarde, David Cameron expôs à Câmara dos Comuns os objetivos do novo grupo de trabalho de combate aos extremistas, formado por ministros e que deve se reunir todos os meses.

"Parece que alguns jovens usam uma esteira rolante que os leva à radicalização envenenando suas mentes com ideias perversas. Precisamos neutralizar esse processo em todas as fases, nas escolas, universidades, internet, em nossas prisões, onde quer que aconteça", declarou o primeiro-ministro para a câmara baixa do parlamento.

"Quero que o grupo de trabalho responda várias questões importantes", incluindo "se estamos fazendo o suficiente para combater os grupos que incitam ao ódio" e se "é preciso fazer mais quanto aos centros de formação informais, como as madrassas, para evitar a radicalização ", disse.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade