Suspeito de ataques na França pertence à Al-Qaeda, diz ministro
21 mar2012 - 02h40
(atualizado às 09h26)
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O jovem de 24 anos que se encontra em Toulouse cercado pela Polícia, que o considera o autor de sete mortes nessa cidade e em seus arredores, assegura pertencer à Al-Qaeda, informou o ministro do Interior francês, Claude Guéant.
"Repete seu compromisso com a Al-Qaeda e com meios jihadistas", assinalou o ministro, que se transferiu ao bairro residencial de Côte Pavée, onde continua a negociação com o suspeito.
Guéant confirmou que se trata de um jovem de 24 anos, de nacionalidade francesa e residente em Toulouse que viajara a Afeganistão e Paquistão e que "tem laços com pessoas do salafismo e do jihadismo".
O ministro assegurou que o homem afirma agir "para vingar as crianças palestinas e denunciar a presença estrangeira no Afeganistão" O irmão do suspeito foi detido, acrescentou o ministro, enquanto o promotor antiterrorista assinalou que "outras operações" estão sendo produzidas em Toulouse.
"A preocupação principal é detê-lo de modo que possamos levá-lo à Justiça", assegurou o ministro em Toulouse, onde se encontra desde o massacre da última segunda-feira em uma escola judaica desta cidade. Ele contou que durante esta manhã o suspeito "conversou muito" com os policiais que fazem o cerco, mas nas últimas horas o diálogo foi interrompido.
Guéant contou que os policiais acudiram de madrugada ao domicílio do suspeito, que respondeu imediatamente com disparos, nos quais um agente ficou ferido. O lugar foi cercado por agentes de um grupo especializado e foram trocados mais disparos antes do início de uma fase de negociação.
Guéant relatou que o suspeito está negociando com um agente, ao qual assegurou que "se entregará esta tarde". O ministro indicou que o suspeito atirou uma pistola pela janela em troca de um telefone, mas que dispõe de outras armas, entre elas um fuzil kalashnikov, uma metralhadora Uzi e outras pistolas.
Guéant insistiu que "já não há risco", embora prossigam as investigações para determinar "se existe qualquer ameaça de ação terrorista". "Estamos trabalhando nas conexões que pudesse ter com outras pessoas", assinalou o ministro.
A comunicação com o homem acontece através da porta da casa, indicou o ministro. A decisão de intervir foi tomada ontem à noite, e a operação foi lançada por volta das 3h locais (22h de terça-feira em Brasília).
Os agentes apelaram à mãe do suspeito, que foi conduzida ao local mas que não quis negociar com seu filho ao considerar que não tem influência sobre o jovem.
O jovem fazia parte da lista de suspeitos da Polícia de ter matado um soldado oriundo do norte da África no último dia 11 em Toulouse. Posteriormente, outros dois militares de um regimento de paraquedistas foram assassinados em Montauban, localidade próxima a Toulouse, com a mesma arma, e na segunda-feira passada três crianças e um adulto morreram em uma escola judaica em Toulouse.
Guéant confirmou que o suspeito foi encontrado graças à internet e às conexões que manteve com sua primeira vítima, um soldado que postara uma mensagem na rede para vender uma motocicleta. A emissora de televisão francesa BFM indicou que o jovem utilizou o computador de seu irmão para entrar em contato com o militar. Guéant, por sua vez, assinalou que o irmão foi detido na madrugada desta quarta-feira.
Até 200 agentes especializados foram desdobrados na região para buscar o suspeito, que utilizou nos três crimes a mesma pistola e que, em cada um dos casos, fugiu em um moto da mesma marca. Além disso, deixou duas pessoas gravemente feridas: um terceiro soldado de origem antilhana no tiroteio de Toulouse no dia 15 e um adolescente na escola judaica dessa cidade.
Perita trabalha na cena do crime em frente à escola judaica Ozar Hatorah, em Toulese, na França. Um atirador, aparentemente em uma motocicleta, abriu foto no local e matou quatro pessoas, um adulto e três crianças
Foto: AFP
Pessoas se reúnem nas proximidades da escola em que o ataque ocorreu
Foto: AFP
O presidente francês Nicolas Sarkozy faz pronunciamento em frente à escola em que o ataque ocorreu
Foto: AFP
Segundo o procurador Michel Valet, o criminoso abriu fogo contra todas as pessoas que estavam diante do colégio
Foto: AFP
Pai conforta crianças após tiroteio em escola judaica
Foto: AP
Perita fotografa evidencia na cena do crime. O tiroteio tem características semelhantes a outros ataques recentes ocorridas na região sudoeste da França
Foto: AFP
Polícia isolou a cena do crime após o ataque
Foto: AFP
Bombeiros e policiais isolam a entrada da escola em Toulose; ao menos quatro pessoas morreram no tiroteio
Foto: AP
Estudante colégio após o ataque acompanhada de policial e de mulher não identificada
Foto: AP
Policiais franceses montam barreira em frente à escola Ozar Hatorah após o ataque
Foto: Reuters
Estudantes se reúnem na entrada da escola Ozar Hatorah após o ataque do atirador. Um homem em uma motocicleta abriu fogo contra o colégio judaico e matou quatro pessoas, um adulto e uma criança
Foto: AP
Imagem cedida por colégio de Jerusalém exibe Jonathan Sandler, 30 anos, o professor assassinado nesta segunda-feira em Toulouse
Foto: EFE
Foto: Terra
Policiais montam guarda em frente à escola Ozar Hatorah, em Toulouse
Foto: AP
Alunos de escola judia Gan Rachi, de Toulouse, observam minuto de silêncio em homenagem vítimas do ataque de segunda-feira
Foto: AFP
O presidente francês, Nicolas Sarkozy (centro), e o ministro da Educação, Philippe Chatel (dir.), respeitam minuto de silêncio na escola François Couperin, em Paris
Foto: AP
Sarkozy conversa com estudantes na escola François Couperin, em Paris
Foto: AP
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ministro da Educação, Philippe Chatel (dir.), participam de minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque de segunda-feira
Foto: AP
Alunos e a diretora da escola Georges Brassens, em Paris, respeitam minuto de silêncio
Foto: AP
Alunos da escolar Anne-Franck, em Lambersart, no norte da França, respeitam minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque de segunda-feira à escola judaica Ozar Hatorah. Escolas ao redor da França homenageiam nesta terça-feira as quatro vítimas, um professor e três crianças, do ataque realizado por um homem armado em uma motocicleta
Foto: AP
Foto: Terra
Ambulância deixa local do cerco a suspeito - dois policiais ficaram feridos durante a operação
Foto: Reuters
Ruas ao redor da casa onde o suspeito se encontra foram bloqueadas
Foto: Reuters
Caixão com o corpo de uma das vítimas é transferido em sua chegada a Israel
Foto: Reuters
O rabino Jonathan Sandler, 30 anos, professor de religião, seus filhos Arieh, 5, e Gabriel, 4, assim como Myriam Monsonego, 7 anos, filha do diretor da escola judaica Ozar Hatorah, foram assassinados por um desconhecido em Toulouse
Foto: Reuters
Cada caixão deixou o aeroporto em uma ambulância diferente
Foto: Reuters
Os quatro serão levados ao cemitério de Har Hamenouhot, no bairro de Givat Shaoul, em Jerusalém
Foto: Reuters
A operação policial começou pouco depois das 3h locais (22h de terça-feira em Brasília) quando o homem foi cercado e ocorreu um primeiro tiroteio, no qual dois agentes ficaram feridos
Foto: Reuters
Descrito pelo promotor de Paris, François Moulins, como um indivíduo "extremamente determinado, com muito sangue frio e com alvos extremamente definidos", o homem matou suas quatro vítimas com disparos à queima-roupa na cabeça
Foto: Reuters
No Palácio do Eliseu, Sarkozy afirma que o terrorismo não conseguirá dividir a França
Foto: AP
O rabino Gilles Bernheim responde as perguntas dos jornalistas após encontro com o presidente Nicolas Sarkozy e representantes das comunidades judaica e muçulmana
Foto: AFP
A unidade especial da polícia francesa participação da operação para deter o suspeito
Foto: AFP
Policial monta guarda em frente à residência onde o suspeito de cometer assassinatos em três diferentes ataques na França está encarcerado desde o início da madrugada. Ele foi identificado como Mohammed Merah, de nacionalidade francesa e de origem argelina
Foto: AFP
A polícia e o Corpo de Bombeiros cercam as imediações do apartamento onde Mohammed Merah está entrincheirado
Foto: AP
Foto: Terra
Mãe de Mohamed Merah cobre o rosto ao chegar ao quartel da polícia em Toulouse
Foto: AP
Policiais e bombeiros aguardam desfecho do cerco ao autor do ataque a escola judaica, que já dura mais de 24 horas
Foto: AP
O ministro do interior da França, Claude Gueant, disse não ter certeza de que o criminoso ainda está vivo
Foto: AFP
Imagem mostra membros das forças especiais da polícia francesa pouco antes da invasão do apartamento de Merah
Foto: AFP
Policiais isolam rua que dá acesso ao apartamento de Mohammed Merah
Foto: Reuters
As autoridades trabalham no local do impasse antes do anúncio da morte do atirador
Foto: AFP
O procurador do Ministério Público francês, François Molins (centro), conversa com jornalistas nos arredores do local em que o atirador esteve cercado
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Bombeiros e policiais trabalham na área do cerco
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Guéant se aproxima para falar com jornalistas após o fim do impasse
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Agentes das forças especiais da polícia francesa se preparam para invadir o apartamento em que Mohammed Merah se escondia
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O ministro do Interior francês, Claude Guéant (centro), chega para dar entrevista após a morte do atirador. Guéant anunciou o fim do impasse após mais de 30 horas de cerco em Toulouse. Segundo ele, Mohammed Merah morreu ao pular da janela, com uma arma e punho e ainda atirando, após um intenso tiroteio com policiais que invadiram o seu apartamento. Merah foi encontrado morto no chão
Foto: AFP
Agentes da unidade Raid, das forças especiais francesas, retornam após o encerramento do impasse que culminou com a morte do atirador Mohammed Merah, em Toulouse. No capítulo final, os agentes invadiram o apartamento em que Merah estava entrincheirado e o agressor reagiu disparando ferozmente contra os policias. Ele foi encontrado morto no chão após pular de uma janela
Foto: AFP
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Flores e um ursinho de pelúcia são vistos em meio as homenagens aos mortos na escola judaica
Foto: AP
Mulheres prestam homenagem aos mortos na escolar judaica Ozar Hatorah, de Toulouse. Quatro pessoas, um adulto e três crianças, foram mortas no local na segunda-feira, um dos ataques cometidos por Merah
Foto: AP
Jornalistas fazem plantão em frente ao apartamento de Mohammed Merah
Foto: AP
Imagem mostra a parte externa do apartamento do atirador
Foto: AP
Policial mascarado investiga o apartamento de Mohammed Merah nesta sexta-feira, em Toulouse. Merah morreu na quinta-feira baleado na cabeça por um atirador de elite após passar mais de 30 horas cercado em sua casa. Ele era o responsável por três ataques que mataram sete pessoas desde o dia 11 de março
Foto: AP
Cartaz com a frase "Convivência: igualdade, pluralidade, dignidade" em vários idiomas é exibido em Toulouse
Foto: AFP
Pessoas marcham pela praça principal de Toulouse para lembrar as vítimas de Mohamed Merah na cidade
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Uma mulher e sua filha rezam diante de fores e objetos deixados em frente à escola judaica Ozar Hatorah, onde ocorreu o crime
Foto: AFP
Centenas de pessoas se reúnem na praça principal de Toulouse para homenagear as vítimas do atirador que matou quatro pessoas em uma escola na cidade. Um dia após a morte de Mohammed Merah, Toulouse amanheceu com flores em frente à escola judaica onde ocorreu o crime e com uma marcha em lembrança aos mortos no ataque, que eram três crianças e um adulto