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Europa

Suposto assassino da deputada Cox comprou livros de grupo neonazista dos EUA

17 jun 2016 - 09h20
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Tommy Mair, suposto autor do assassinato da deputada trabalhista inglesa Jo Cox na quinta-feira, aparentemente comprou livros do grupo neonazista americano National Alliance, incluído um sobre como fabricar armas caseiras, informam nesta sexta-feira os meios de comunicação britânicos.

A imprensa reproduz os recibos de compra com o nome de Thomas Mair, que foram divulgados pela Centro Legal para a Pobreza Sulina (SPLC, em inglês) dos EUA, que os obteve de membros do grupo supremacista da raça branca, explicou o "The Guardian".

Uma das faturas, datada em 1999, demonstra que Mair gastou mais de US$ 620 em livros como "Química de pós e explosivos", "Incendiários" e "Manual de munição improvisadas", que, entre outras coisas, detalham como construir uma pistola com peças disponíveis em qualquer loja de bricolagem.

Também há informações sobre a compra de um manual ilustrado (Ich Kampfe) que era distribuído aos membros do partido nazista alemão em 1942, proveniente de uma associação antissemita que supostamente se dissolveu em 2013.

Outros veículos de imprensa informaram que Mair, descrito por seus vizinhos como solitário e que padecia problemas mentais, foi assinante da "SA Patriot", uma revista sul-africana racista publicada pelo grupo partidário do "apartheid" White Rhino Club.

Mair, de 52 anos, foi interrogado pela polícia após ser detido ontem depois do assassinato na cidade de Birstall, no norte da Inglaterra, da deputada trabalhista Jo Cox, que foi atacada perto da biblioteca onde tinha mantido uma sessão de consulta com seus eleitores.

O britânico é o único suspeito do fato, que comoveu o Reino Unido e motivou a suspensão da campanha do referendo sobre a permanência na União Europeia, realizado em 23 de junho.

Testemunhas do ataque contaram que o autor parecia portar uma pistola "antiga", e que durante a agressão gritou "Britain First!", em possível alusão a um grupo ultradireitista britânico contrário à imigração e ao islã.

O grupo "Britain First", cujo slogan é "Recuperemos o país!", negou em comunicado qualquer envolvimento no incidente e afirma que "jamais incitaria este tipo de comportamento".

EFE   
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