Setenta passageiros apresentam queixa contra Costa Crociere
Mais de 70 passageiros do Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira em frente à ilha italiana de Giglio, apresentaram uma denúncia coletiva contra a companhia Costa Crociere, organizadora do cruzeiro, indicou nesta terça-feira a associação italiana de defesa do consumidor (Codacons).
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"Trata-se de uma ação coletiva promovida pela Codacons", explicou o presidente e fundador da Codacons, Carlo Rienzi, em um comunicado. A denúncia coletiva foi apresentada perante o tribunal de Gênova, sede da companhia na Itália.
Através da ação, que deve ser admitida pelos juízes, os passageiros que sobreviveram ao naufrágio pedem uma "indenização pelos danos materiais e morais" ocasionados.
"A entidade solicita ao menos 10 mil euros" por passageiro, já que perderam todos os seus bens, documentos, dinheiro, roupa, computador.
Se a denúncia for aceita pela Justiça italiana, os cerca de 3 mil passageiros do cruzeiro, sem contar os cerca de mil contratados como tripulação, poderão aderir à denúncia. "Têm 120 dias para decidir", informa a nota.
A companhia Costa Crociere pode optar por um acordo "extrajudicial" com os passageiros, de modo a evitar um longo julgamento.
Navio símbolo da companhia, o "Costa Concordia" transportava 4.229 pessoas e naufragou na sexta-feira ao se chocar contra uma rocha perto da ilha de Giglio, na Toscana, centro da Itália.
Segundo o último balanço provisório do naufrágio, seis pessoas morreram e 29 estão desaparecidas.
Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.
O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.
Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente: