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Mundo

Sean Penn pede negociação sobre futuro das Malvinas

24 fev 2012 - 10h02
(atualizado às 10h16)
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O ator americano Sean Penn, que neste mês se reuniu em Buenos Aires com a presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta sexta-feira uma negociação sobre o futuro das Malvinas e criticou a presença do príncipe William nas ilhas.

"Malvinas/Falklands: diplomacia interrompida", é o nome do artigo do ator Sean Penn no The Guardian
"Malvinas/Falklands: diplomacia interrompida", é o nome do artigo do ator Sean Penn no The Guardian
Foto: Reprodução

Em artigo publicado no jornal The Guardian, Penn explicou sua posição sobre a disputa devido à polêmica criada após ter classificado a situação como "colonialista".

O ator esteve no início deste mês na Argentina e sua presença coincidiu com o aumento da tensão entre Londres e Buenos Aires pela soberania das ilhas, a presença do neto da rainha Elizabeth II na região e o anúncio do envio de uma embarcação de guerra britânica à área.

"Quando usei o termo colonialismo arcaico em meus comentários (em Buenos Aires), não foi um pedido para a repatriação dos súditos britânicos, mas para questionar o envio do príncipe William a essa área de operações onde muitos pais e mães britânicos e argentinos perderam seus filhos", esclareceu.

Segundo Penn, 51 anos, as duas partes deveriam iniciar um diálogo sobre a imigração às ilhas e a distribuição dos recursos naturais no Atlântico Sul, onde empresas britânicas fizeram trabalhos de exploração de petróleo.

"As mesmas pessoas que mais sofreram e lutaram contra a junta militar na Argentina (que ocupou as ilhas em 1982) são as que hoje lideram o país e em nome de sua gente procuram simplesmente restabelecer uma diplomacia justa sobre os assuntos das ilhas, que vão da imigração aos recursos naturais", afirmou Penn.

O ator acredita que o Reino Unido está evitando tratar de questões como o deslocamento de pessoas às ilhas Malvinas após a descoberta de petróleo no Atlântico Sul. Apesar de as Nações Unidas estimularem as duas partes a negociarem a soberania das ilhas, o Reino Unido se negou a voltar à discussão, acrescentou Penn, que é embaixador itinerante do governo do Haiti.

Neste mês, a Argentina apresentou uma queixa à ONU por considerar que o Reino Unido está militarizando o Atlântico Sul com o envio de um moderno destróier da Royal Navy (Marinha). Neste ano, serão completados 30 anos da guerra que os dois países travaram pela posse das ilhas, cuja soberania a Argentina reivindica desde janeiro de 1833.

O conflito bélico começou depois que a junta argentina ocupou as ilhas em 2 de abril de 1982 e terminou em 14 de junho desse ano com a rendição argentina.

EFE   
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