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Europa

Rússia investiga profanação de bandeira nacional por banda americana

"Não digam nada a Putin", disse o baixista da Bloodhound Gang durante um show em Odessa antes de colocar uma bandeira russa na calça

5 ago 2013 - 15h19
(atualizado às 15h27)
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O Ministério russo do Interior iniciou uma investigação por "profanação" de um símbolo nacional contra o grupo de rock Bloodhound Gang, depois que seu baixista colocou uma bandeira russa dentro da calça durante uma apresentação na Ucrânia. Segundo a lei russa, a profanação de uma bandeira pode acarretar uma pena de até um ano de prisão.

"Após uma verificação dos fatos que mostram a atitude desrespeitosa de um músico de um grupo estrangeiro contra a bandeira da Federação da Rússia, foi aberta uma investigação criminal por profanação da bandeira russa", indicou o ministério em um comunicado. O Comitê de Investigação da Rússia, uma poderosa agência que é o equivalente ao FBI, classificou o ato do baixista de "crime cínico", indicando que vai verificar a conduta de todas as pessoas envolvidas, dos músicos aos organizadores.

"Não digam nada a Putin", disse o baixista da Bloodhound Gang ao público durante um show no sábado em Odessa (Ucrânia), antes de colocar uma bandeira russa na parte de trás de sua calça. Depois, ele a jogou para o público. O grupo deveria se apresentar no domingo na cidade de Anapa (no sul da Rússia), mas os organizadores do festival Kubana, que os havia convidado, cancelaram a apresentação devido ao clima de hostilidade na chegada do grupo à cidade. A banda preferiu deixar a Rússia.

O ministro russo da Cultura, Vladimir Medinski, chamou os integrantes da Bloodhound Gang de "imbecis" em seu blog, enquanto vários deputados russos pediram no domingo que os roqueiros fossem proibidos de entrar no país. O embaixador dos Estados Unidos na Rússia, Michael McFaul, denunciou no domingo, em uma mensagem em russo em sua conta no Twitter, o ato "asqueroso" do grupo Bloodhound Gang, assim como as ações hostis contra os músicos.

O baixista pediu desculpas depois, mas isso não bastou para acalmar os ânimos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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