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Europa

Rússia diz que armas nucleares garantem vantagem militar sobre Otan e EUA

30 jan 2015 - 11h26
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O chefe das Forças Armadas da Rússia declarou nesta sexta-feira que um arsenal nuclear poderoso irá garantir uma superioridade militar sobre o Ocidente, no momento em que seu país se empenha em finalizar um plano multibilionário para modernizar suas forças até 2020.

Comandante das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, em foto de arquivo. 23/05/2013
Comandante das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, em foto de arquivo. 23/05/2013
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

A Rússia, que provavelmente entrará em recessão neste ano por conta das sanções impostas por Estados Unidos e Europa em função da crise na Ucrânia e devido à queda no preço do petróleo, precisa lidar com novas formas de agressão ocidental, o que inclui confrontos econômicos, disse o general Valery Gerasimov.

Apesar das enormes preocupações econômicas, ele afirmou que as Forças Armadas russas irão receber mais de 50 novos mísseis nucleares intercontinentais este ano.

“O apoio a nossas forças nucleares estratégicas para garantir sua alta eficiência militar, combinada a... um aumento do potencial militar das forças em geral, fará com que (os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, na sigla em inglês) não obtenham superioridade militar sobre nosso país”, afirmou Gerasimov.

As tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram como resultado do conflito no leste da Ucrânia, onde EUA e Europa sustentam que Moscou está incentivando a insurgência enviando soldados e armas, o que Moscou nega.

A Rússia tem criticado a expansão da Otan no leste europeu, e o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Exército ucraniano, que combate separatistas pró-Rússia no leste do país, de ser um fantoche da Otan com uma política de “contenção” da Rússia.

Aviões militares russos foram avistados com frequência cada vez maior sobre a Europa nos últimos meses. A Grã-Bretanha convocou o embaixador russo na quinta-feira para pedir uma explicação sobre dois bombardeiros russos de longo alcance que sobrevoaram o Canal da Mancha, forçando as autoridades britânicas a redirecionar a aviação civil.

A Rússia promete realizar até 2020 uma modernização militar de 286,20 bilhões de dólares concebida por Putin e não mexer nos gastos militares, mesmo em face de uma crise econômica crescente que reduziu os orçamentos de outros ministérios.

O projeto de renovação objetiva aprimorar os sistemas de armamentos russos para garantir que entre 70 e 100 por cento das armas e equipamentos das Forças Armadas tenham sido modernizados até o final da década – plano confirmado pelo miinistro da Defesa, Sergei Shoigu.

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