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Europa

Rússia cria duas brigadas para proteger interesses no Ártico

1 jul 2011 - 16h26
(atualizado às 16h41)
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O governo russo criará duas brigadas para proteger seus valiosos recursos no Ártico, disse o ministro da Defesa da Rússia nesta sexta-feira. Moscou tem se equilibrado entre a cooperação e a hostilidade no Ártico. O país, que é o maior produtor de energia do mundo, acredita que pode haver reservas enormes de petróleo e gás natural na região.

"O Estado-Maior no momento está trabalhando nos projetos para criar duas dessas unidades", disse o ministro da Defesa, Anatoly Serdyukov, segundo a agência de notícias estatal Itar-Tass. Sem entrar em detalhes, ele acrescentou: "A localização será determinada, assim como as armas, os números e a infraestrutura para as brigadas".

O aquecimento global aumentou as expectativas de que o Ártico possa fornecer perspectivas de mineração, pesca e navegação para os países que detêm direitos sobre a região: Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Groenlândia, Canadá, Noruega e China. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira que a Rússia reforçaria sua presença na região para proteger os interesses do país.

"No que diz respeito a nossos interesses geopolíticos (no Ártico), deveremos protegê-los com firmeza e consistência", disse Putin numa reunião do seu partido Rússia Unida na quinta-feira na cidade de Yekaterinburg, nos Urais. No fim do ano passado, a Rússia estabeleceu novas fronteiras do Ártico com a Noruega e concordou em aliviar os controles de fronteira na esperança de cooperação futura na exploração de petróleo e gás.

A Gazprom, que detém o monopólio da exportação do gás na Rússia, dirige dois importantes projetos de gás no Ártico, incluindo um com a Statoil, enquanto a Rosneft e a BP operam em três campos do Mar de Kara. Serdyukov também disse que a Rússia está em posição de iniciar a produção do míssil intercontinental Bulava, depois do mais recente teste bem-sucedido do armamento esta semana.

O Ministério da Defesa afirmou que o míssil, que o Kremlin planeja transformar em sua base para o programa de armas nucleares, será submetido a outros quatro testes este ano, antes de ser colocado em atividade.

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