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Europa

Rússia afirma que é contra nova corrida armamentista com EUA

17 jun 2015 - 07h45
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A Rússia é "por princípio" contra uma nova corrida armamentista com os Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira o conselheiro do Kremlin Yuri Ushakov, depois que o presidente Vladimir Putin anunciou um reforço da capacidade nuclear russa.

"A Rússia tenta de uma forma ou outra reagir às ameaças potenciais, mas sem ir além", disse Ushakov.

"Nós somos contrários a qualquer corrida armamentista, pois isto fragilizaria nossa capacidade econômica. Somos contra isto por princípio", completou.

Na terça-feira, Putin anunciou que a Rússia pretende reforçar o arsenal nuclear com 40 mísseis balísticos intercontinentais, em resposta ao projeto americano de instalar armas pesadas no leste da Europa.

A decisão russa foi condenada imediatamente pela Otan.

Vladimir Putin explicou na terça-feira que a Rússia deve defender-se com "suas forças armadas e sua força nuclear", em caso de "ameaça", ao mesmo tempo que afirmou que Otan estava em suas fronteiras.

"Adotamos medidas para transformar o equilíbrio estratégico de forças. Com certeza isto preocupa a Rússia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Isto força a Rússia a adotar medidas para garantir seus interesses e sua segurança", completou Peskov, para quem o anúncio do reforço da capacidade nuclear russa não deveria "provocar inquietação".

De acordo com analistas, a corrida armamentista durante a Guerra Fria, que provocou investimentos gigantescos dos Estados Unidos e da URSS, foi uma das causas da asfixia da economia soviética e do fim da União Soviética.

Nos últimos cinco anos, a Rússia dobrou o orçamento militar, que hoje representa 21% do orçamento total, segundo o Instituto Gaidar, um centro de estudos independente.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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