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Europa

Reino Unido assina acordo com Jordânia para deportar clérigo

24 abr 2013 - 11h19
(atualizado às 11h39)
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Imagem mostra Abu Qatada é visto chegando a tribunal de Londres em 13 de novembro de 2012
Imagem mostra Abu Qatada é visto chegando a tribunal de Londres em 13 de novembro de 2012
Foto: Reuters

O Reino Unido assinou um acordo com a Jordânia para conseguir a deportação do clérigo islâmico Abu Qatada, que está há anos tentando expulsar, informou nesta quarta-feira a ministra britânica de Interior, Theresa May.

Qatada, requerido pela Jordânia por diversos crimes de terrorismo, é considerado pelo governo britânico uma ameaça à segurança nacional.

Em um pronunciamento na Câmara dos Comuns, a ministra disse que o novo acordo com a Jordânia oferece "garantias" de que as provas obtidas sob tortura não serão utilizadas contra o clérigo em um julgamento no país.

Na opinião de May, o acordo, que deverá ser aprovado pelos Parlamentos da Jordânia e o Reino Unido, dará ao governo a "oportunidade de ter êxito" em seu objetivo de deportar a Qatada.

O governo britânico já havia anunciado ontem que pedirá permissão diretamente ao Supremo Tribunal, instância judicial máxima do Reino Unido, para recorrer no caso de Abu Qatada.

A permissão não havia sido dada por instâncias judiciais inferiores, já que os juízes consideraram que não havia garantias suficientes de que será julgado justamente se for enviado à Jordânia.

A decisão foi revelada depois que o Tribunal de Apelação rejeitou ontem conceder ao governo a autorização para apresentar um recurso perante o mais alto tribunal do país.

No entanto, o Supremo deverá decidir se aceita a apelação do governo.

O caso de Qatada chegou até os tribunais superiores após uma série de processos legais, com diversos recursos, como parte do objetivo do governo de deportá-lo.

O governo de Londres está há quase uma década tentando sem sucesso expulsar Qatada à Jordânia, seu país natal, onde é reivindicado para continuar a ser processado por crimes de terrorismo pelos quais já foi condenado em 1999.

EFE   
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