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Papa Francisco

Papa Francisco tem histórico de atritos com o governo Kirchner

13 mar 2013 - 19h24
(atualizado às 19h25)
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O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o novo papa Francisco. Em 2008, a foto mostra o então cardeal com a presidente argentina, Cristina Kirchner
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o novo papa Francisco. Em 2008, a foto mostra o então cardeal com a presidente argentina, Cristina Kirchner
Foto: AP

Ao assumir a presidência, Néstor Kirchner teve um encontro cordial com Jorge Mario Bergoglio, mas a relação pareceu começar a ruir um ano depois, quando, em uma homilia, o arcebispo questionou "o exibicionismo e os anúncios estridentea". Não havia uma referência direta ao presidente, mas era uma mensagem clara para ele.

Na homilia de 2005, Kirchner negou-se a assistir ao tedeum na Catedral com Bergoglio. O arcebispado de Buenos Aires decidiu então suspender a cerimônia. Meses, o porta-voz admitiu: “Não há relação da igreja com o governo.”

"Nosso Deus é de todos, mas cuidado, pois o Diabo também chega a todos, aos que usamos calças e aos que usam batina”, disse em uma ocasião Néstor Kirchner em uma clara mensagem a Bergoglio, então já cardeal.

Veja a trajetória de Jorge Bergoglio na Igreja Católica:

Após a ruptura sem retorno com Néstor Kirchner, a condução do Episcopado se reuniu pela primeira vez com Cristina Kirchner semanas depois do início do seu governo, em 2007. Em 2008, na tensa relação do governo com o campo, Bergoglio afirmou que Cristina tivera preconizara um “gesto de grandeza”, permitindo destravar o conflito.

A trégua na relação Bergoglio-Kirchner seguiu neste ano, quando ele a convidou para uma missa em Lujás. A presidente devolveu as gentilezas e citou Bergoglio na Casa Rosa. No entanto, a relação voltou a enfrentar águas turvas.

Em outubro de 2009, Bergoglio denunciou que a dívida social e a “extrema pobreza” na Argentina era uma violação dos direitos humanos. Cristina retrucou: “Na vida e no mundo, há duas classes de pessoas: as que fazem declarações sobre a pobreza e as que (como nós) se dedicam a executar ações concretas para combatê-la todos os dias.”

Quando, em 2010, se debatia o projeto de lei de casamento homossexual, Bergoglio, então cardeal, foi taxativo. “É a pretensão destrutiva do plano de Deus.” Ele também se mostrou contrário ao aborto – postura essa compartilhada pela presidente.

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Fonte: Terra
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