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Papa Francisco

Escolha de latino-americano mostra abertura da Igreja, diz CNBB

13 mar 2013 - 17h16
(atualizado às 18h27)
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O secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, afirmou nesta quarta-feira (13) que foi pego de surpresa com a eleição do Papa Francisco.

<p>Papa Francisco dá primeira bênção a uma multidão no Vaticano</p>
Papa Francisco dá primeira bênção a uma multidão no Vaticano
Foto: Dylan Martinez / Reuters

Steiner ressaltou, no entanto, que a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é um sinal de abertura da Igreja. “A escolha de um latino-americano vem mostrar que a Igreja se abre, não é uma igreja voltada só para a Europa. Ela está voltada para todo o mundo. A eleição de Francisco revigora a Igreja na sua missão de fazer discípulos entre todas as nações”, disse dom Steiner, que também é bispo auxiliar de Brasília.

Primeiro jesuíta a ser proclamado papa, Francisco é visto como uma boa novidade para a CNBB.

Em tempos de denúncias sexuais e financeiras contra a Igreja, um devoto de São Francisco de Assis traz a esperança de um pontífice que renove a fé dos católicos e, mais importante, que aponte um novo rumo para o trono petrino. “Sabemos que há necessidade [de reformas]. Não podemos ficar com as estruturas do passado que já não condizem mais. Certamente Francisco buscará tornar a Igreja mais ágil, mais presente, e talvez sugerirá alguma reforma”, completou dom Leonardo Steiner.

Para o religioso, as acusações de pedofilia que tomaram a Igreja de assalto deverão ter no Papa Francisco um duro crítico. “Bento XVI enfrentou com muita ousadia e isso será levado adiante. Temos certeza que ele levará adiante. Talvez não seja ao acaso que tenha sido um latino-americano, com trânsito mais livre nessas problemáticas que Bento XVI tentou resolver”, explicou.

Dom Leonardo Steiner também elogiou o nome escolhido pelo novo papa, destacando o quão é significativo, especialmente porque as primeiras informações dão conta de que o cardeal Bergoglio sempre se comportou de forma austera, inclusive utilizando o metrô e bicicleta para se locomover em Buenos Aires. Quando foi nomeado cardeal, o argentino chegou a pedir aos fiéis que não viajassem a Roma para celebrar com ele, mas, em vez disso, que doassem o dinheiro que seria gasto na viagem aos pobres.

Para Steiner, o fato de ser um jesuíta, ao contrário dos papas anteriores, na maioria diocesanos, é um sinal de que o pontífice deverá ter uma relação mais próxima dos fiéis. “Ele será um pastor. Essa é a experiência que ele fez na argentina e em Buenos Aires. foi uma pessoa muito próxima dos fiéis. Nós também rezávamos para que tivéssemos um pastor. Penso que ele dará uma grande contribuição. Cada papa tem suas características, seus dons, mas logo começamos a perceber a empatia dele com o povo, especialmente no momento em que ele se curvou para os fiéis pedindo a benção”, relatou dom Steiner. "Certamente teremos um bom pastor, sem deixar de ser um intelectual".

Ao contrário das previsões iniciais, que davam como certa a escolha de um papa mais jovem e que pudesse fazer um pontificado reformista, Bergoglio tem 76 anos. A idade não é vista como um problema para a CNBB que, no entanto, descarta uma reviravolta em dogmas da Igreja. “Era uma perspectiva que tínhamos em mente. Já tivemos papas com essa idade, como João XXVI e Bento XVI. Hoje já não é uma idade tão avançada. Em relação a questões como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, as situações são sempre dialogáveis quando não ferem as verdades. Sempre entendemos que casamento é entre homem e mulher. Algumas verdades fundamentais permanecerão intocáveis”, alertou dom Steiner.

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Fonte: Terra
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