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Papa Francisco

Dezenas de mártires do comunismo e do nazismo serão beatificados em breve

28 mar 2013 - 14h28
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O papa Francisco autorizou nesta quinta-feira as beatificações de 63 católicos, sendo que a maioria foi vítima da guerra civil espanhola, do nazismo e do comunismo, anunciou o Vaticano nesta quinta-feira.

Pela primeira vez desde que foi eleito papa, Jorge Bergoglio autorizou a Congregação Vaticana pela Causa dos Santos a promulgar decretos que permitirão estas próximas beatificações.

Pesquisas sobre a vida e a morte virtuosas destes futuros bem-aventurados tinham sido iniciadas anos antes de sua eleição.

Entre os futuros beatificados está o monsenhor Vladimir Ghika (1873-1954), príncipe romano de origem ortodoxa que se converteu ao catolicismo e atuou principalmente a serviço da diplomacia de Pio XI, depois de ter vivido alguns anos em Paris.

Ghika retornou à Romênia durante a Segunda Guerra Mundial para ajudar os refugiados poloneses que tinham fugido da invasão nazista. Preso em 1952 pela polícia comunista, ele foi julgado e assassinado com outros cinco padres.

O jovem italiano Rolando Rivi (1931-1945) também será beatificado. Ele foi morto por comunistas aos 14 anos, três anos depois de entrar para o seminário.

Seu compatriota, o dominicano Giuseppe Girotti (1905-1945), morreu no campo de Dachau (Alemanha). Em 1995, ele havia sido reconhecido como "Justo entre as nações" por suas ações em favor dos judeus.

A maior parte daqueles que o papa Francisco reconheceu como mártir foi morta "pelo ódio à fé" durante a guerra civil espanhola (1936-1939).

Francisco autorizou a beatificação de Regina Christine Wilhelmine Bonzel (1830-1905), fundadora das Franciscanas da Adoração Perpétua em Olpe (Alemanha), reconhecendo um milagre atribuído meio de sua intercessão.

No dia 12 de maio, o papa argentino celebrará na Basílica de São Pedro suas primeiras canonizações. Elas haviam sido aprovadas em 11 de fevereiro por Bento XVI, durante o consistório em que foi anunciada sua renúncia, razão pela qual elas passaram despercebidas.

Os futuros santos são Antônio Primaldo e seus 800 companheiros mártires italianos, assassinados pelas forças otomanas em 1480 em Otrante por não terem abdicado de sua fé. Essas canonizações podem tornar ainda mais tensas as relações já difíceis entre o Cristianismo e o Islã.

As outras serão as da colombiana Laura de Santa Catalina de Siena Montoya y Upegui e a mexicana María Guadalupe García Zavala, duas religiosas fundadoras de ordens religiosas em seu país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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