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Europa

Reino Unido está violando direitos de Assange, diz chanceler do Equador

28 mai 2013 - 19h40
(atualizado às 20h19)
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Julian Assange discursa na embaixada do Equador em 2012: fundador do WikiLeaks anunciou que disputaria as eleições ao Senado da Austrália
Julian Assange discursa na embaixada do Equador em 2012: fundador do WikiLeaks anunciou que disputaria as eleições ao Senado da Austrália
Foto: Reuters

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, disse nesta terça-feira que o Reino Unido está violando os direitos humanos do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ao lhe negar por um ano um salvo-conduto para que possa deixar a embaixada equatoriana em Londres.

O australiano Assange se refugiou na embaixada para evitar que as autoridades britânicas o extraditem para a Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais. Assange se diz vítima de perseguições por causa do trabalho do WikiLeaks, que divulga documentos sigilosos de governos e corporações. O ativista recebeu asilo do Equador, mas corre o risco de ser preso se sair da embaixada equatoriana, que tem imunidade jurídica.

"Ao não lhe conceder o salvo-conduto, (a Grã-Bretanha) está violando os direitos humanos de um cidadão, e a cada dia que passa a violação tem efeitos mais graves sobre a pessoa", disse Patiño à Reuters. "É um ano inteiro que o senhor não pode nem sequer tomar sol, e isso é gravíssimo. É gravíssimo que esse fato se constitua numa decisão permanente de um Estado que diz defender os direitos humanos."

Ele acrescentou que a negociação com o Reino Unido prossegue por intermédio da embaixada e que ele espera ter uma nova conversa com o chanceler britânico "nas próximas semanas ou meses". Assange disse temer que sua extradição à Suécia leve subsequentemente à sua transferência aos Estados Unidos, onde enfrentaria acusações pela divulgação de milhares de documentos secretos diplomáticos e militares norte-americanos, o que enfureceu os EUA.

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