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Europa

Reino Unido: Câmara dos Lordes dá sinal verde para legalizar casamento gay

4 jun 2013 - 15h16
(atualizado às 15h46)
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A Câmara dos Lordes do Reino Unido deu sinal verde nesta terça-feira ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ao desprezar uma emenda que tentava bloquear a tramitação do projeto de lei destinado a legalizá-lo. Se a emenda introduzida ontem pelo parlamentar independente Geoffrey Dear tivesse sido aceita, a lei teria sido devolvida à Câmara dos Comuns, que já a aprovou no último dia 21 maio graças aos votos da oposição.

Os parlamentares decidiram que o texto seguirá adiante com sua tramitação parlamentar com 390 votos a favor e 148 contra. A sessão na câmara alta britânica foi longa, com dois dias de debates nos quais tomaram a palavra mais de 90 lordes e bispos, representados nesta casa, enquanto no exterior de Westminster havia manifestações de ativistas pelos direitos dos gays.

O resultado da votação de hoje, mais avultado que o esperado, foi recebido com gritos de alegria pelos partidários da igualdade de direitos. A legislação passará agora à tramitação parlamentar em fase de comitê e o governo do conservador David Cameron acredita que o primeiro casamento homossexual poderá ser realizado na Inglaterra ou no País de Gales em 2014.

Durante o debate, a baronesa Stowell de Beeston, em representação do Executivo, assinalou que esta lei será "uma força para o bem" que fortalecerá a instituição do casamento, a mesma postura defendida por Cameron, firme partidário da união entre pessoas do mesmo sexo. Isso colocou o primeiro-ministro em rota de colisão com a ala mais à direita de seu partido, o Conservador, e as tensões foram evidentes quando o texto foi aprovado na Câmara dos Comuns, com a rejeição de 133 deputados "tories".

A câmara alta britânica está composta por 737 lordes chamados temporários, que são nomeados pela rainha com a assessoria do primeiro-ministro, mais outros 26 lordes espirituais, membros destacados da Igreja da Inglaterra, entre eles o primaz anglicano, o arcebispo de Canterbury.

EFE   
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