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Europa

Putin não pode silenciar o mundo todo, diz viúva de espião

Marina era casada com Alexander Litvinenko, morto em 2006

22 jan 2016 - 14h49
(atualizado às 14h49)
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Foto: EFE

A viúva do ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko, morto em 2006, Marina, disse à imprensa britânica que o governo de Vladimir Putin "pode tentar silenciar uma pessoa, mas não o mundo inteiro".

A Justiça britânica concluiu, em inquérito público, que a morte de Litvinenko "provavelmente foi aprovada" por Putin e realizada pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo). Em entrevista ao jornal The Guardian, ela disse ter ficado surpresa com o parecer, pois poucas pessoas estão dispostas a acusar o presidente da Rússia de forma tão direta.

"Foi uma mensagem muito importante", concluiu Marina. Ela e o filho, Anatoli, tiveram acesso ao relatório um dia antes de ele ser divulgado pela Justiça britânica, na última quinta-feira, dia 21.

Litvinenko faleceu em novembro de 2006, cerca de três semanas após beber um chá envenenado com uma dose fatal de polônio-210 em um hotel em Londres. Ex-espião da KGB, ele fugiu para o Reino Unido nos anos 2000 e se tornou uma das maiores vozes de crítica ao Kremlin nos anos seguintes. Ele acusava Putin de ter ligações com o crime organizado. As autoridades de Moscou sempre negaram seu envolvimento na morte do ex-espião e se recusam a extraditar os dois principais suspeitos do caso, Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtun. 

Alexander Litvinenko
Alexander Litvinenko
Foto: EFE
Fonte: Ansa
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