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Protesto pela ilegalidade de partido curdo mata 2 na Turquia

15 dez 2009 - 11h33
(atualizado às 11h51)
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Pelo menos duas pessoas que participavam na Turquia de uma manifestação contra a clausura do pró-curdo Partido da Sociedade Democrática (DTP, na sigla em inglês) morreram hoje pelos disparos efetuados com um fuzil pelo funcionário de uma loja que tinha sido atacada durante o protesto.

Os meios de comunicação detalharam que o fato ocorreu na cidade de Bulanik, onde 1,5 mil pessoas participaram de um protesto contra a ilegalidade na última sexta-feira do DTP, ao que o Tribunal Constitucional turco considera vinculado ao ilegal e terrorista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Segundo a imprensa, um grupo de manifestantes atacou com pedras os agentes e vários estabelecimentos.

Em declarações à rede "NTV", Ziya Akkaya, prefeito de Bulanik, relatou que a partir de um comércio tiros responderam aos ataques.

"Uma pessoa abriu fogo contra a multidão a partir de uma loja.

Duas pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas. O povo está fora de controle", advertiu Akkaya.

A tensão na cidade é grande e as forças antidistúrbios saíram enquanto os grupos de manifestantes ocupavam as ruas.

O próprio prefeito afirmou que não podia sair da Prefeitura por causa do caos.

A emissora "NTV" informou que os disparos foram realizados com um fuzil Kalashnikov e que oito pessoas ficaram feridas.

O estabelecimento de onde partiram os disparos e outros comércios foi incendiado durante os protestos.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou a clausura do DTP, a única formação curda no Parlamento de Ancara.

"Somos contra o fechamento de partidos. Acreditamos que deve castigar aos indivíduos e não às identidades", indicou perante o Parlamento o líder turco.

EFE   
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