Policiais se posicionam em frente a East Side Gallery
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De um lado as máquinas de construção civil, de outro, as pessoas protestando contra a derubada no morno
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Polícia prende ativista durante os protestos
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Ativista contrário à remoção do muro é retirado do local pela polícia
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East Side Gallery é o mais longo trecho preservado do Muro de Berlim
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Policiais removem um pedaço de concreto, a única parte retirada nesta sexta-feira
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O plano original era retirar aproximadamente 22 metros dos cerca de 1.300 metros de muro
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"É insuportável ver essa parte do muro ser brutalmente derrubada", disse o artista francês Thierry Noir, cuja pintura está em um dos trechos programados para serem removidos
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Às margens do rio Spree, a East Side Gallery é fruto do trabalho de cerca de 120 artistas
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Manifestantes conseguiram impedir, temporariamente, a retirada de 22 metros originais do muro, onde está localizada a East Side Gallery. Obra quer abrir passagem para um luxuoso empreendimento imobiliário.
Um grupo de cerca de 300 manifestantes conseguiu nesta sexta-feira (01/03) interromper a remoção de parte da East Side Gallery, o mais longo trecho preservado do Muro de Berlim e um dos pontos turísticos mais visitados da capital alemã. Com a obra, a Prefeitura quer abrir passagem para a construção de um condomínio de luxo.
O plano original era retirar aproximadamente 22 metros dos cerca de 1.300 metros de muro e recolocá-los em outra área. No entanto, devido ao protesto, a equipe só conseguiu remover 1,5 metro na manhã desta sexta-feira.
"É insuportável ver essa parte do muro ser brutalmente derrubada", disse o artista francês Thierry Noir, cuja pintura está em um dos trechos programados para serem removidos.
Às margens do rio Spree, a East Side Gallery é fruto do trabalho de cerca de 120 artistas. Alguns meses depois da abertura da fronteira entre as Berlim Ocidente e Oriental, em novembro de 1989, eles se reuniram para transformar o lado leste do muro, que havia sido intocado, diferentemente do lado oeste, intensamente coberto por grafite. Eles queriam dar ao muro uma outra cara, que representasse a nova era que estava começando, e documentaram com suas obras um tempo de euforia e grandes transformações.
Polícia ergue barricadas
"Estão demolindo um bem cultural de todos os alemães e do mundo", lamentou Rombert Muschinski, membro de uma iniciativa cidadã contra a obra. "É uma vergonha contra a cidade e, neste momento, sinto vergonha de ser berlinense."
Segundo um porta-voz da polícia, a paralisação é apenas temporária e as obras serão em breve retomadas. Três pessoas foram presas durante o protesto. A polícia ergueu barricadas ao redor do muro, depois que dezenas de representantes de grupos civis e artistas tentaram impedir um guindaste de remover partes do que é considerada a mais longa galeria a céu aberto do mundo.
A East Side Gallery é uma das grandes atrações turísticas da capital alemã, recebendo mais de um milhão de visitantes todos os anos. O trecho foi recentemente restaurado, ao custo de 2,5 milhões de euros aos cofres municipais, e é o segundo ponto mais visitado da cidade, ficando atrás apenas do Portão de Brandemburgo.
Apesar de sua popularidade, Franz Schulz, subprefeito de Friedricshain-Kreuzberg, bairro onde se localiza a atração, declarou ao jornal Bild que as autoridades de preservação histórica deram permissão à construtora para remover parte do muro e abrir passagem para o novo complexo de condomínios de luxo que está sendo construídos às margens do Spree.
Essa não é a primeira vez que parte da East Side Gallery sofre alterações. Há alguns anos, um trecho do muro foi demolido em frente a uma nova arena para shows e esportes.
Berlinense acena para parente que ficou preso do outro lado do muro, em agosto de 1967, após a divisão da capital. Em agosto de 1961, a Alemanha Oriental deu a ordem para a construção de um "muro de proteção antifascista", com o objetivo de separar a parte leste (setor soviético) do lado oeste capitalista (aliados). Durante 28 anos, a barreira física dividiu Berlim, separando famílias e amigos. Cinquenta anos depois, os alemães relembram um dos principais símbolos da Guerra Fria
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Foto de 1961 mostra o muro de Berlim em construção para dividir a Alemanha Oriental da Berlim Ocidental com um dos objetivos de evitar a emigração em massa
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Prédios na Berlim Oriental (setor soviético) são fotografados em junho de 1968
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Policiais portando rifles fornecidos pelos EUA montam guarda em frente ao Portão de Brandemburgo, em dezembro de 1961
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Fotografia de junho de 1968 mostra o muro de Berlim em construção para separar a região ocupada por soviéticos da ocupada por potências ocidentais (EUA, Grã-Bretanha e França)
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Foto tirada em outubro de 1976 registra o posto de passagem Heinrich Heine Strasse, entre o setor soviético e o americano
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Ponte sobre o rio Spree marca a fronteira entre a Alemanha Oriental e Berlim Ocidental, em outubro de 1976
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Pichação em lado da Berlim Oriental faz referência aos soviéticos, em 13 de outubro de 1976
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Casal passa em frente a pichações no lado ocidental da barreira física, em abril de 1984
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Um dos personagens da influência americana sobre a Berlim Ocidental, o então presidente americano Ronald Reagan comemora o 750º aniversário da capital alemã em visita à cidade em junho de 1987
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Residentes do leste de Berlim dirigem o histórico trabant - também conhecido como trabi, ou "caixa de papelão sobre rodas", carro-símbolo da Alemanha comunista), em fila para cruzar a fronteira urbana, em novembro de 1989
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Sob fiscalização policial, moradores da Berlim Oriental atravessam o posto de passagem Invalidenstrasse para visitar o setor do Ocidente, em novembro de 1989
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Alemães ocidentais passam por terreno inabitado que divide a capital alemã na véspera da Alemanha se reunificar, em novembro de 1989
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Guardas de fronteira da Alemanha Oriental fiscalizam região perto do portão de Brandenburgo, em novembro de 1989
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Após a construção do muro, alemães aguardam a abertura para ultrapassar a linha divisória e visitar parentes no setor Leste da capital
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Policiais alemães do setor Ocidental e do Oriental se enfrentam na fronteira entre as duas regiões, em 1955
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Soldados constróem o Muro de Berlim a mando das autoridades da Alemanha Oriental, em 1961
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Após a ativação do muro, pessoas abanam para familiares e amigos que ficaram presos do outro lado da construção
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Mulheres do lado soviético de Berlim acenam para familiares na fronteira entre as duas regiões
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Walter Ulbricht (1893-1973), então primeiro secretário do Partido Comunista da Alemanha Oriental e premiê da República Democrática Alemã, visita trabalhadores em 25 de agosto de 1961
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Recém-casados acenam para parentes impossibilitados de participar da cerimônia matrimonial em Berlim, em setembro de 1961. O casal Dieter e Monika Marotz vivia no setor Ocidental da capital, enquanto os familiares estavam fixados no setor soviético
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Policiais da Alemanha Ocidental prendem jovem que estava junto com multidão atirando pedras em ônibus com guardas soviéticos em agosto de 1962
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Mulher utiliza o Muro como suporte para varal em Berlim, em novembro de 1963
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Homem, a mãe (porta-malas) e a noiva (atrás) se organizam para tentar cruzar o Muro de Berlim, em 1965
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Soldados americanos observam sobre o Muro de Berlim na parte Ocidental da cidade, em 1965
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Berlinenses ocidentais espiam nos espaços entre o muro o lado oriental da capital
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Berlinenses orientais se preparam para atravessar brecha no Muro de Berlim depois que o governo da antiga Alemanha Oriental levantou restrições contra a emigração para o lado ocupado por ocidentais, em dezembro de 1989
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Alemães orientais sobem no muro para celebrar o fim da divisão na capital, em dezembro
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Menino ajuda na destruição do muro após o fim da divisão que chocou o mundo, em dezembro de 1989
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O presidente francês François Mitterrand (dir.) recebe o então chanceler alemão Helmut Kohl no castelo de de Fontainebleau, em junho de 1984. Assim que a União Soviética deixou de controlar a Europa Oriental, entre 1989 e 1990, Kohl passou a incentivar a reunificação da Alemanha Ocidental e da Oriental
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O líder soviético Mikhail Gorbachev (esq.), secretário-geral do PCUS, e Erich Honecker, secretário-geral do Partido Comunista da República Democrática Alemã, participam de congresso na Berlim Oriental, em abril de 1986
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Com o fim da divisão, milhares de pessoas se uniram ao mutirão para destruir o muro em Berlim, em 1989
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O presidente americano Ronald Reagan durante visita a Berlim em junho de 1987
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Berlinense do setor ocidental agita sua bandeira sobre o muro após o fim da divisão ser acordado, em novembro de 1989
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Guardas da Alemanha Oriental acompanham a demolição do muro divisor por pessoas da Berlim do oeste, em novembro de 1989
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Soldados da Alemanha Oriental em frente ao muro destruído em novembro de 1989
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Símbolo da divisão da nação, Muro de Berlim se tornou espaço para pinturas de 1989 para cá
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Alegres, berlinenses comemoram o fim da sepração em frente ao Portão de Brandemburgo, em dezembro de 1989
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Em cima de muro, berlinenses comemoram a reunificação das Alemanhas em dezembro de 1989
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Estudantes simulam destruição do Muro de Berlim para comemorar os 10 de sua queda, em Taipei, Taiwan, em outubro de 2000
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Ciclista passa em frente a trecho remanescente do Muro de Berlim, com a pintura histórica do beijo entre o ex-secretário geral do Partido Comunista soviético, Leonid Brezhnev (esq.) e o colega da Alemanha Oriental Erich Honecker
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Turistas visitam os restos do Muro de Berlim no memorial feito para contar o período, em agosto de 2001
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Pequeno pedaço do muro foi conservado entre prédios comerciais no centro de Berlim
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Berlinenses participam de homenagens às vítimas do período de divisão dos alemães, no centro de Berlim
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Foto de março de 2005 mostra jovem observando trechos que foram mantidos do Muro de Berlim na região leste da cidade
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Flores colocadas no muro homenageiam as vítimas no 21º aniversário da queda do Muro de Berlim, em 2010
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Em dezembro de 2010, o príncipe britânico Harry prestou homenagem às vítimas da época em que a Alemanha esteve dividida
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Trabalhadores reparam partes do Muro de Berlim na Bernauer Strasse, em agosto de 2011, cinquenta anos após a queda
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Mulher põe flores em memorial do Muro de Berlim, em agosto de 2011
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O ex-chanceler alemão Helmut Kohl (dir.) relembra os 50 anos do Muro de Berlim em frente à trecho conservado da construção, em 13 de agosto