Protesto contra demolição de parque em Istambul deixa vários feridos
Várias pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira em violentos confrontos entre a polícia e manifestantes que protestam contra a planejada demolição de um parque no centro de Istambul, na Turquia.
Os enfrentamentos começaram quando a polícia retirou, usando gás lacrimogêneo e jatos d'água, centenas de pessoas que acampavam no parque Gezi, perto da praça de Taksim.
Os manifestantes estão acampados há três dias entre as árvores para impedir que as escavadeiras arrasem um dos poucos espaços verdes do centro de Istambul e preparem a construção de um centro comercial.
Segundo a associação de médicos local, 13 pessoas sofreram traumatismos, entre elas dois deputados da oposição e um turista de origem árabe, que precisa de uma cirurgia craneoencefálica.
O governador de Istambul, Avni Mutlu, confirmou que há uma mulher internada em estado grave, e disse que o total de feridos é de 12, e que o de detidos é de 63, segundo a rede de televisão "NTV".
Pouco depois, o ministro do Interior, Muammer Güler, declarou que o número de feridos é de 7 e desmentiu os insistentes rumores sobre mortes.
Um dos manifestantes, que se identificou como Ali, afirmou à Agência Efe que os protestos vão continuar até a noite de hoje e serão retomados amanhã, inclusive com maior força.
"É um protesto espontâneo do qual participa muita gente de classe média, há um enorme apoio social. Não é obra de um partido, sindicato ou organização de esquerda", disse o manifestante perto da praça Taksim.
As organizações de direitos humanos Anistia Internacional e Human Rights Watch criticaram hoje o "uso excessivo da força" da polícia contra manifestantes pacíficos.
Também em outras cidades turcas como Esmirna e Adana houve protestos de apoio, e na capital, Ancara, milhares de pessoas marcharam pelo centro da cidade até serem dispersadas pela polícia com gás lacrimogêneo.
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