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Europa

Promoter de festas de Berlusconi se derrete pelo ex-premiê

A atriz também revelou que ficou grávida do ex-primeiro-ministro em 2012, mas sofreu um abordo espontâneo

9 nov 2015 - 13h11
(atualizado às 18h05)
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A atriz admitiu que organizava jantares para o líder do Forza Itália
A atriz admitiu que organizava jantares para o líder do Forza Itália
Foto: Getty Images

A atriz Sabina Began, chamada de "abelha rainha" pelas participantes das festas conhecidas como "Bunga Bunga" promovidas nas casas do ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, expressou nesta segunda-feira (9) seu amor pelo político e afirmou que teria feito qualquer coisa por ele.

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As declarações foram feitas pela atriz aos juízes de Bari, no sul da Itália, durante a última audiência do processo no qual ela é acusada de incitação à prostituição das mulheres que participavam das festas. "Amei tanto a esse homem que teria feito qualquer coisa por ele. Era um homem maravilhoso, fantástico. Para mim, foi primeiro um namorado e depois um pai", afirmou Sabina, entre lágrimas, segundo a imprensa local.

Vestida de negro, Sabina Beganovic, nome verdadeiro da atriz de origem bósnia, compareceu ao tribunal pela primeira vez em dois anos, quando o julgamento teve início.

A atriz também revelou que ficou grávida do ex-primeiro-ministro em 2012, mas sofreu um abordo espontâneo. "Quando se ama uma pessoa, você lhe dedica a vida. Declarei que fazia as 'Bunga Bunga', mas todos sabem que não é verdade. Eu trabalhava, não tinha necessidade de fazer as meninas se prostituírem para obter dinheiro", disse Sabina, que pode pegar até três anos de prisão se for condenada.

A atriz, no entanto, admitiu que organizava jantares para o líder do Forza Itália. "Fiz por ele, porque ele dizia que precisava e porque eu queria satisfazê-lo. Hoje me arrependo e peço a Deus que me perdoe".

O advogado de Sabina, Fabrizio Siggia, reiterou a inocência de sua cliente e alegou que ela só queria que o ex-primeiro-ministro se divertisse. "Ela tinha uma relação íntima com Berlusconi, que a permitia ter acesso livre a suas residências. Ela só queria que ele se divertisse, que tivesse momentos agradáveis, e por isso convidava meninas que fossem simpáticas e estivessem dispostas a satisfazê-lo, a rir das brincadeiras mesmo sem entender".

Além disso, o advogado ressaltou que essas mulheres sabiam da "possibilidade de obter vantagens caso fossem agradáveis", algo que não tinha relação direta com sua cliente.

Sabina é acusada no processo que a imprensa italiana batizou como "Escort" (acompanhante íntima de luxo) junto com outras seis pessoas, entre elas o empresário Gianpaolo Tarantini, todos indiciados por recrutamento, favorecimento e incitação à prostituição. 

Foi divulgada em março uma série de ligações mantidas entre 2008 e 2009 por Berlusconi e Tarantini, nas quais o ex-primeiro-ministro confessava o "problema" de sempre se apaixonar pelas mulheres ao longo de sua vida.

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Foto: Getty Images
EFE   
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